O PT nacional não quer três palanques para Dilma Rousseff no Piauí. A direção também não estaria contente com o rumo que as lideranças locais estariam dando ao processo eleitoral com a imposição de candidatura própria caso o governador Wilson Martins (PSB) não aceite um vice petista.

Para evitar a intervenção nacional no PT local, a cúpula piauiense está embarcando para tratar ainda hoje com o ministro das relações institucionais Alexandre Padilha e com o presidente do diretório nacional, Eduardo Dutra. Embarcam o presidente Fábio Novo, o ex-governador Wellington Dias, o pré-candidato e deputado federal Antonio José Medeiros e o deputado Nazareno Fonteles.

Segundo Marcelino Fonteles, membro da executiva estadual, explica que "eles irão apresentar aos dirigentes nacionais como está o processo de negociação e a tendência do PT local para evitar que possa haver intervenção". "O diálogo é que vai dar o direcionamento do PT no Piauí", completa Marcelino.

Nesta quinta-feira acontecerá um seminário com a finalidade de elaborar o programa de governo do candidato petista. Temas como infraestrutura, estradas, transporte, políticas sociais, desenvolvimento rural, políticas agrárias e outros serão discutidos.

"Temos a preocupação de apresentar o programa para a população na época da eleição para mostrar a população o que o PT apresenta. Se faz necessário o aprofundamento e aceleração do projeto que está em curso no partido. No dia 23 tem prévia para o encontro de junho. Vamos reunir prefeitos, vereadores e delegados para dialogar e analisar o processo de negociação para dia 05 a gente faça festa e aprovar o que foi consensuado. Todos os grupos do PT estão com espírito desarmado e vamos a partir desse diagnóstico construir consenso e apresentar à sociedade", explica.

Porém, o PT deverá também voltar a discussão em torno da postura do partido diante das decisões do governador Wilson Martins (PSB).

Leilane Nunes
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