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Algodões: Povoados “fantasmas” e família morando em escola

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Na segunda matéria da série “Tragédia em Algodões” da TV Cidade Verde sobre o um ano do rompimento barragem de Algodões, nossa equipe visita os dois povoados que foram devastados pela fúria das águas. A repórter Indira Gomes, o cinegrafista Gustavo Cavalcante, a produtora Michele Sales e o auxiliar Pablo Ferreira também presenciaram as dificuldades enfrentadas pela população atingida que além de suas casas e terrenos tiveram seu trabalho destruído e têm dificuldade para arrumar emprego.

As estradas que dão acesso ao que restou da barragem estão destruídas e com acesso difícil. Onde antes estava a via que chegava até o reservatório, hoje resta apenas uma cachoeira e um pedaço do antigo sangradouro. Foi neste ponto que o rompimento iniciou, como foi registrado nas imagens de um cinegrafista amador.




Não é possível encontrar sequer as ruínas da maioria das casas mais próximas à antiga barragem: tudo foi levado pelas águas. Apenas alguns imóveis se mantiveram em pé. Seus antigos donos, em sinal de luto, bloquearam portas e janelas para impedir a entrada dos animais.





Lugar

Os povoados de Frecheiras e São Pedro também foram varridos pelas águas. A economia destes lugares que era ativa hoje está dizimada. Um dos moradores que sofreu com esse novo cenário é o agricultor Iran de Sousa. Ele, sua esposa e os quatro filhos juntamente com mais três famílias são os únicos habitantes que restam no povoado. Atualmente estão alojados em uma escola.




Mas ele deve se mudar para uma das novas vilas construídas pelo governo para os desabrigados pela barragem. No total, serão 385 casas, que foram prometidas para novembro, mas entregues apenas em abril e que agora começam a receber seus habitantes. Um exemplo destes moradores é a senhora Maria Navegantes Soares, que trabalhava em farinhadas, mas que hoje sobrevive apenas do Bolsa Família, já que não há mais plantação de mandioca. Assim como os dois, há diversas pessoas que não encontram mais trabalho por causa da quebra na agricultura de Cocal.








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Carlos Lustosa Filho
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