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Aumenta número de queixas de mulheres após caso Bruno

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A delegada Vilma Alves, titular da Delegacia da Mulher Centro, afirmou que houve aumento do número de queixas de mulheres contra os companheiros após a prisão do goleiro Bruno, acusado de matar a ex-amante Eliza Samúdio.





Vilma contabiliza, somente na manhã de hoje, três casos novos na delegacia. Segundo ela, a maioria são registros de ameaças de ex-companheiros, inconformados com o término do relacionamento, como ocorreu com a jovem Denise Layane Lustosa, morta ontem com três tiros pelo ex-namorado.


Desde janeiro deste ano a delegacia registrou 787 boletins de ocorrência, sendo 322 queixas de ameaça. E, se antes a maioria dos casos acontecia entre pessoas de poder aquisitivo menor, agora aumentam também o número de registros de pessoas de classe média e alta.





"Hoje mesmo nós registramos o caso de uma psicóloga. Há um mês uma médica nos procurou pedindo proteção. Eles perseguem, ameaçam, tudo porque se dizem inconformados com o fim do casamento, do namoro. O homem agressor acha que a mulher é sua propriedade. O homem tem  que aceitar que o seu mando acabou", relatou.


A Lei Maria da Penha, diferente do Código Penal antigo, garante medidas protetivas às mulheres que sofrem ameaças. Nesses casos o agressor pode ser preso e a justiça tem 48 horas para garantir o afastamento dele do lar.





A delegada Vilma afirma também que uma questão a ser trabalhada é a influência da família na vida da mulher. "Na maioria das vezes a mulher não quer esperar. Muitas vezes a família vai interferir, pedem paciência, para a mulher esperar, mas acabam é atrapalhando. Muitas vezes a mulher tem o sentimento de culpa e medo. Vem todo mundo dizer para a mulher que ela não deve denunciar porque o agressor é marido, como se ela devesse se sujeitar e isso pode acarretar até na morte dela", explicou.


Leilane Nunes
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