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Taxa média de juros para famílias volta a subir em julho, aponta BC

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A taxa média de juros para as famílias que pegam crédito nos bancos do País subiu 0,1 ponto percentual em julho, na comparação com junho, atingindo 40,5% ao ano, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta terça-feira. A alta ocorre depois de uma queda entre maio e junho, de 41,5% para 40,4%.





A inadimplência em relação ao mês anterior permaneceu estável - atualmente 5% das famílias brasileiras têm pendências financeiras. Já a média de juros para pessoa jurídica subiu 1,4 ponto percentual em um mês, atingindo 28,7% ao ano. A inadimplência das empresas também ficou estável no mês, com taxa de 6,5%.


De acordo com o chefe do departamento econômico do Banco Central, Altamir Lopes, a inadimplência entre as famílias representa menor preocupação do que entre as empresas.


"Preocupação com calotes sempre temos, mas o que observamos é que entre as pessoas físicas os atrasos menores de 90 dias permanecem em queda, o que é uma boa perspectiva para a inadimplência nos próximos meses. Nas empresas esses atrasos inferiores a 90 dias já estão estáveis há algum tempo, o que demonstra uma possibilidade de elevação na inadimplência das empresas. Mas não é um quadro que traga preocupação", afirmou.


Para Lopes, a tendência é que os juros e o crédito para as famílias fiquem estáveis em agosto. "Nos primeiros nove dias úteis deste mês já pudemos perceber um aumento de 2,1% no crédito para as famílias e uma queda da taxa de juros para 40,4% ao ano", afirmou.


O crédito destinado a habitação atingiu R$ 116 bilhões em julho, uma alta de 3,9% na comparação com junho e de 50,8% em relação a julho de 2009. O crédito total disponibilizado pelo sistema financeiro no Brasil, incluindo recursos livres e direcionados, cresceu 1,2% em julho, chegando a R$ 1,548 bilhão - 45,9% do Produto Interno Bruto (PIB).


O financiamento para compra de carros seguem em ritmo de crescimento acelerado, alcançando um total de R$ 115,2 bilhões em julho, crescimento de 3,6% na comparação com junho e de 36,7% acumulado nos últimos 12 meses. Os juros do cheque especial caíram 3,2% em julho, atingindo o montante de R$ 17,4 bilhões.


Entre as empresas, destacam-se os empréstimos para as indústrias, principalmente nas operações relativas a agronegócios e ao segmento automotivo, que cresceram 1,6%, atingindo o montante R$ 329 bilhões. O crédito para o comércio, puxado pelos ramos de alimentação e automóveis, atingiu R$ 153,7 bilhões em julho, um aumento de 1,2% na comparação com junho.


Fonte: Terra

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