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Bando usava cinta com roteador e disfarce para roubar dados de caixas

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Aos poucos a polícia civil do Piauí desvenda os detalhes do bando formado por um cearense e dois paulistas que desde o final de agosto arquitetava um golpe para roubar dados de usuários de terminais eletrônicos da Caixa Econômica em Teresina.


Fotos: Caroline Oliveira/CidadeVerde.com

Marcelo, Fábio e Denygles


Segundo a polícia, os paulistas Marcelo Marino e Fábio Jorge Macedo estavam no Piauí há mais de 10 dias e o cearense Denygles Cordeiro Gonçalves, era o responsável pela logística do bando e alugou um automóvel Palio vermelho no dia 29 de agosto em Teresina para poder praticar os crimes.


Denygles é conhecido da polícia piauiense. Ele chegou a ser preso duas vezes pela Cico: por assalto a banco e sequestro de empresário de São Miguel do Tapuio em 200 e um assalto à prefeitura de Assunção do Piauí. Em sua cidade natal, Novo Oriente (CE), ele está envolvido no caso do roubo de armas da delegacia.



A dupla de São Paulo tinha passagem por roubo, assalto e corrupção de menores. O bando hospedou-se em dois hotéis da capital.


Ao serem detidos, os acusados paulistas ainda foram irônicos. “Eles confessaram à guarnição que estavam em Teresina porque gostavam do calor e das boates da cidade, mais do que as de São Paulo”, conta a tenente Luciana Area Leão, do 5º Batalhão da Polícia Militar.


Material
Em poder do grupo foram encontrados cinta para emagrecer, roteadores, pen drives, notebook, modem de wireless, três mini-gabinetes de computadores, vários cabos e chaves de fenda além de vários cartões de crédito, cheques, e comprovantes de deposito e transferência eletrônica feitos em um único dia que podem chegar a R$ 5 mil.


As investigações apontam que os criminosos usavam cintas femininas com roteadores amarradas ao corpo e roupas da D’Ebold Procomp, empresa que faz a manutenção dos terminais de caixa eletrônicos.


“Eles tinham dispositivos para captar dados bancários e acessar conteúdos das contas”, conta Arthur Vasconcelos, perito da Polícia Federal. O policial explica que a instalação de um computador e dos cabos era feita de uma forma que o terminal continuasse ligado sistema normal do banco e dos criminosos.


Arthur Vasconcelos


Agentes da Polícia Federal estão na Cico para transferir os acusados para a PF que irá investigar quantas pessoas foram vítimas do golpe em Teresina.


Flash de Caroline Oliveira
Redação Carlos Lustosa Filho
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