Cidadeverde.com

Ex-presidente da OAB foi indiciado no golpe do DPVAT após depoimento

Imprimir
Caroline Oliveira/Cidadeverde.com

Durante cinco horas de depoimento, o ex-presidente da seccional de Parnaíba da Ordem dos ADvogados do Brasil - OAB -, Faminiano Araújo Machado, negou participação no golpe do Seguro Obrigatório de Veículos Automotores de Vias Terrestres - DPVAT. O advogado foi ouvido na Comissão Investigadora do Crime Organizado nesta segunda-feira (20).

O depoimento começou por volta de 8h30min e terminou às 13h30. Faminiano foi acompanhado por um promotor de Justiça, Lúcio Tardeu Ribeiro, representando a OAB Piauí, e Joaquim Magalhães, advogado de defesa. O acusado foi preso na sexta-feira em Cruz/CE, depois de passar dois meses foragido. Ele pediu afastamento do comando da OAB de Parnaíba assim que surgiram notícias de fraudes no DPVAT, FGTS e INSS. O rombo seria de R$ 13,5 milhões, e outras duas pessoas foram detidas. 

Uma das suspeitas que recaem sobre Faminiano diz respeito Jean da Conceição, morto no primeiro semestre depois de depor na polícia sobre o golpe. Ele teria se casado com uma ex-namorada do advogado, e conseguido uma certidão de nascimento falsa, com outro nome, usado para forjar sua morte perante a Justiça e assim obter o seguro.

Faminiano disse ter sido procurado por Jean para entrar com ação de justificação na Justiça para obter segunda via da certidão de nascimento. O advogado também explicou ter sido testemunha do casamento da vítima com sua ex-namorada porque trabalhava na comarca de Luís Correia em 2008 e estava na cerimônia comunitária, quando foi chamado para participar. Ele afirmou ter estranhado o convite, mas no momento achou ter sido coincidência. 

O advogado Joaquim Magalhães ainda informou que o indiciamento de Faminiano Machado se refere ao caso do seguro DPVAT e o saque de R$ 13,5 mil que Jean conseguiu de benefício da sua avó, dinheiro que teria sido liberado por conta de certidão falsa, que transformou o neto em filho. De acordo com Magalhães, Faminiano apenas exerceu seu trabalho de advogado neste caso, e não foi indiciado por conta do homicídio.

Por ter curso superior, o advogado foi preso em cela especial no quartel do comando geral da Polícia Militar. 

Yala Sena (flash)
Fábio Lima (da Redação)
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais