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Professores ameaçam “paralisar o Estado” a partir de 7 de outubro

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Atualizada às 11h20

Após uma reunião no Palácio de Karnak nesta quinta (23), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí (Sinte) e o governo do Estado decidiram que irão negociar as reivindicações da categoria apenas após as eleições. Os professores paralisaram as atividades por 72 horas desde a última quarta e ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado a partir de outubro. Há uma nova reunião marcada com o governo para o dia 16 de outubro, mas a categoria quer antecipá-la para o dia 7, caso contrário, poderá iniciar a paralisação.




A presidente do Sinte, Odeni de Jesus da Silva, afirma que dia 7 os servidores farão uma assembléia no Teatro de Arena para definir a nova greve. "O movimento dessa semana foi positivo. Na reunião de ontem, o governo que disse que ia cumprir mudança de classe, reajuste dos técnicos de 5,6% e melhorar a gratificação dos diretores. Só que eles querem fazer isso depois do dia 16, e nós queremos antes. Vamos paralisar este estado, caso o governo não atenda as nossas reivindicações", pontuou.




Ao todo, são 32 mil trabalhadores. Os servidores interditaram uma rua em frente ao Karnak e escutem um show do cantor Zé Benedito. Em seguida, eles fazem uma caminhada até a DRT.


Segundo Marcos Fernandes, do Conlutas, a categoria defende uma assembléia no dia 7 com paralisação caso o governo não cumpra a mudança de nível e de classe. Também participam da manifestação o candidato ao governo do Estado, Geraldo Carvalho (PSTU) e a ex-candidata do PCO, Lourdes Melo.


Entre as reivindicações estão a implementação do piso nacional da categoria que é de R$ 1.312, contra os atuais R$ 1.020, reposição de 47% de perdas durante os governos Wellington Dias e Wilson Martins, entre outros pontos.  “Queremos que o governo cumpra com o que está no plano de cargos e salários: a mudança de classe e nível não cumprida em maio, o repasse inflacionário, e o que não foi feito na regência do professor e administrativo. A perda salarial é grande. O governo diz que não pôde implementar porque é o período eleitoral”, descreve o secretário de comunicação do Sinte, Kassyus Lages.


Ele afirma o governo está se comprometendo, mas se não cumprir com o que já deveria ter sido feito, a categoria vai deflagrar greve. “Caso não haja posicionamento do governo, há a intenção de decretar greve por tempo indeterminado”, garante.


O Sindicato está reunido nesta manhã em frente ao Palácio de Karnak pra comunicar a posição à categoria. De acordo com o Sinte a paralisação de três dias atingiu a todos os colégios estaduais de Floriano e Picos e cerca de 80% dos de Teresina.




Yala Sena
Carlos Lustosa Filho
[email protected]

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