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"Tropa de Elite 2" é maior estreia desde a retomada do cinema

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A fita pesa uns 30 quilos e está dividida em sete rolos. Existem cerca de 600 delas. A cópia que chegou a Paulínia para a pré-estreia de anteontem, veio disfarçada num carro comum, vigiada por seguranças armados.





Os seguranças são cerca de dez, alguns do próprio Bope carioca, contratados por José Padilha para proteger os rolos de película contendo o filme "Tropa de Elite 2".


Trata-se do maior lançamento nacional desde a retomada (1995), compatível com blockbusters internacionais ("Homem Aranha 3" saiu com 697 cópias), um investimento para tentar vender ingressos suficientes para apagar "o trauma de 2007", nas palavras do ator Wagner Moura.


Naquele ano, "Tropa de Elite" foi copiado e vendido por camelôs. Segundo o Ibope, estimadas 11 milhões de pessoas assistiram à história em cópia pirata.



Depois desse escândalo, nada é exagero para esse pessoal: revistar patrocinadores na pré-estreia, usar detector de metais em convidados, reter cerca de 400 celulares em envelopes pardos numerados ou esconder o trabalho até do elenco, que só assistiu ao filme anteontem --com exceção de Wagner Moura, por ser co-produtor.


HISTÓRIA


"Tropa de Elite 2" custou R$ 12,5 milhões e traz todas as pancadarias, os tapas na cara e as torturas em traficantes já vistas no primeiro exemplar. Mas o novo herói brasileiro, Capitão "Rambo" Nascimento, desta vez troca a bazuca pela gravata. Ele sai do Bope e se torna funcionário público, subsecretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro.




Ali, Nascimento parece ganhar a guerra contra as drogas, mas milícias formadas por policiais corruptos mostram que "o sistema" está sempre pronto para transformar miséria em dinheiro.


SEGURANÇA


O esquema antipirataria imaginado por ele e pelo ex-policial Rodrigo Pimentel começou na montagem de "Tropa de Elite 2", quando alugaram um apartamento residencial num predinho no Leblon e lá montou uma ilha de edição. Cerca de 10 pessoas sabiam o que se passava, o que não incluía o porteiro ou o dono do imóvel.


Após tratamento das imagens e do som, feitos separadamente, o momento crítico aconteceu na mixagem dos dois: era aqui que se podia roubá-lo. A saída foi instalar câmeras para filmar 24 horas quem entrasse na sala.



"Cada cópia tem uma marca d'água invisível que permite rastrear o cinema de onde a cópia foi pirateada", diz Padilha, que conseguiu, com esses procedimentos, proteger a obra até agora.


Mas isso é até hoje. Amanhã, com a estreia em 636 salas de todo o Brasil, o filme cai na vida. Para o bem e para o mal.


Fonte: Folha

 

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