O segundo depoimento do juiz Carlos Henrique Teixeira, no Tribunal de Justiça do Piauí, terminou após cerca de duas horas e meia. O desembargador Luís Gonzaga Brandão interrogou o magistrado preso na operação Mercadores, acusado de participação em esquema de grilagem de terra. O magistrado saiu do prédio sem falar com a imprensa.
Fotos: Exclusivas Thiago Amaral/Cidadeverde.com
Juiz Carlos Henrique escoltado pela PF
O juiz da cidade de Parnaguá está preso no Quartel da Polícia Militar e chegou ao TJ escoltado por três agentes da Polícia Federal. O depoimento foi acompanhado pelos advogados do magistrado, entre eles, o Lúcio Tadeu, e de dois promotores de Justiça.
No primeiro depoimento, que durou cerca de seis horas, o magistrado negou as acusações de venda de sentenças. O advogado José Vinícius Farias dos Santos disse que não há provas de que o juiz tenha participado do esquema. Ele citou que existem discussões em torno de dois terrenos: um na comarca de Curimatá, que não teria sido vendido, e outro em Corrente. Ele foi citado por alguns envolvidos.
As investigações duraram sete meses e a polícia fez escutas telefônicas entre os vários envolvidos.
Processo administrativo
O juiz Carlos Henrique Teixeira ainda passará por um processo administrativo no Tribunal de Justiça. Por ser juiz substituto em estágio probatório o pleno do Tribunal é quem vai decidir sobre seu futuro na magistratura.
O TJ ainda não julgou se ele será suspenso ou não no decorrer do processo. "Por ele não estar no exercício das funções, ele está suspenso. Mas o período de duração da suspensão ainda será julgado em processo administrativo", explicou o desembargador Luís Gonzaga Brandão de Carvalho.
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Flash de Caroline Oliveira
Redação de Leilane Nunes
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