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Barragem eleva nível de água e gera alerta em autoridades

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O nível da barragem Poço Marruá, em Patos do Piauí, 399 quilômetros ao Sul de Teresina, sobe cada vez mais rápido e deixa o município alerta. O Corpo de Bombeiros de Teresina enviou equipe nesta sexta-feira (17) para a região. A preocupação é com animais que podem ficar ilhados e algumas famílias ribeirinhas que insistiriam em ficar no local.

Fotos: Cidades na Net
Registro do  nível da barragem na última quarta-feira

O presidente do Instituto de Desenvolvimento do Piauí - Idepi -, Norbelino Lira, fez a solicitação ao constatar que a barragem atingiu um terço de sua capacidade - 112 dos 293 milhões de metros cúbicos. "Para preservar o meio ambiente, acionei o Corpo de Bombeiros para pratulhar no lago e tirar animais que fiquem ilhados, porque o nível subiu muito rápido", disse ao Cidadeverde.com.

Os bombeiros enviaram de Teresina uma lancha motorizada, equipamentos de segurança, coletes e bóias, além de quatro homens para trabalhar no que for necessário. Em Teresina, o capitão Eudes Mariano informou que a equipe foi acionada de forma preventiva. 

Norbelino Lira descartou que famílias corram risco na região. Ele frisou que a área da barragem foi totalmente desapropriada e legalizada. Mas quando perguntado sobre um pequeno grupo de moradores que estariam insistindo em ficar no local, mesmo depois de ter recebido indenização, comentou: "Tem gente que não acredita que a água não vá para aquele nível".


 
Rio perene
O presidente do Idepi anunciou ainda que abrirá as comportas de Poço Marruá em definitivo no dia 1º de janeiro de 2011. "A partir desse dia, o rio Itaim, que é seco, será perene. Isso modifica completamente o semiárido piauiense", garantiu. A obra foi inaugurada pelo governador Wilson Martins em junho deste ano.


Veículos afundaram
Um caminhão e uma S-10 afundaram na barragem na segunda-feira depois de tentarem atravessar um trecho da BR-407 que foi desativado. Na tentativa de içar um dos veículos, o cabo de aço do guincho se rompeu. 

Os bombeiros de Picos que trabalham no local solicitaram à Secretaria de Meio Ambiente um radar. Com a elevação do nível das águas, a profundidade aumentou, e os mergulhadores não conseguem avançar nas buscas. A região também é repleta de plantas espinhosas, o que dificulta o trabalho. Os dois veículos já estariam há 20 metros de profundidade.

Fábio Lima 
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