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Militantes da causa agrária do PT lançam manifesto contra o partido

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Militantes do Partido dos Trabalhadores ligados a causa agrária no Piauí divulgaram carta aberta de protesto contra a executiva do PT questionando a divisão a distribuição de cargos e secretarias no governo Wilson Martins.

Os membros da sigla avaliam que a “entrega” de instituições ligadas a política agrária foram mal realizadas e contrariam os acordos fechados com a direção do PT durante reuniões do diretório regional, realizadas em 27 e 28 de novembro deste ano.

Confira o documento na íntegra:

CARTA/MANIFESTO AOS MEMBROS DA EXECUTIVA E DO DIRETORIO ESTADUAL DO PT/PI

COMPANHEIROS E COMPANHEIRAS;

A nossa ultima reunião do diretório estadual realizada na dia 27 e 28 de Novembro, teve como centro do debate a conjuntura política com ênfase no balanço das eleições/2010 e na diretório participaram a bancada de parlamentares, prefeitos, vereadores, presidentes dos diretórios municipais além de diversas lideranças de movimentos sociais, foi uma reunião bem representativa onde todos puderam se manifestar. Ao final sobre a participação do partido no governo a nível estadual e federal por unanimidade foi aprovado que a prioridade seria ocupar espaços na área do desenvolvimento rural tais como: SDR, EMATER,,INTERPI,Adapi, Fome Zero,Credito Fundiário,Convivência com o Semi Árido..., representado pela Agricultura Familiar e Camponesa, esta área por ser considerada estratégica para o partido, considerando que o projeto de Desenvolvimento do Piauí até então em curso tem todas as condições de ser Sustentável e fazer a diferença, reforçado e apoiado pelas políticas públicas implementadas pelo Governo federal e que devera ser reforçado no governo da Presidenta Dilma Rousseff. Ao tempo que a executiva delegou a uma comissão composta pelos; deputado federal Assis Carvalho,Senador Wellington Dias e o Presidente do Partido Fabio Novo a negociação junto ao Governador eleito Wilson Martins do PSB.

No decorrer das conversações nos deparamos(segunda a comissão) com a “ repulsa” do então governador em não ceder nenhum cargo nesta área, e se não bastasse anuncia a coordenação do setor da Ater - Assistência Técnica e Extensão Rural para a força política que representa o Agronegócio piauiense mais retrogado. nossa participação no Governo eleito de Wilson Martins/PSB, além do desmantelado, sucateado e vilipendiado pelo projeto neoliberal dos Governos Collor e FHC; e que começou a ser recuperado no Governo LULA com apoio aos Governos estaduais na recuperação de suas instituições oficiais de ATER, e aprovação de uma nova lei de ATER e da Agricultura familiar, com uma nova concepção de Desenvolvimento Rural Sustentável e que tem como lema - Um Brasil Rural com Gente).

Para nós militantes da causa agrária(PT), é inadmissível que o partido aceite de forma passiva esta possibilidade, pois significa retroceder e se contrapor a implementação em curso de um projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável defendido pelos movimentos sociais e pelos seus representantes no Governo Federal.

Para tanto; apelamos a executiva para o não fechamento da negociação, em respeito a CORRETA ANÁLISE da instancia maior do partido(diretório regional) e a posição da maioria esmagadora de suas lideranças. Portanto, para aceitarmos uma proposta totalmente adversa da principal reivindicação do Partido faz-se necessário uma nova convocação do diretório no sentido de aprofundar o debate e tirar um posicionamento.

Teresina(Pi),20 de dezembro de 2010

Adalberto Pereira de Sousa – membro da executiva estadual do PT/Militância Socialista.


Da Redação
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