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Com Padilha na Saúde, PT terá o maior orçamento do governo Dilma

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Com a confirmação de Alexandre Padilha (PT) para o Ministério da Saúde, o partido da presidente eleita Dilma Rousseff garante a maior fatia das verbas orçamentárias no futuro governo.

Além dele, foram confirmados ontem no cargo seis outros nomes. Com isso, falta definir ainda 7 dos 35 ministros para concluir a montagem do futuro Executivo.

A cantora Ana de Hollanda assumirá a Cultura. O ministro do Esporte, Orlando Silva, seguirá no cargo. A petista Tereza Campelo, ligada a Dilma, comandará o Ministério do Desenvolvimento Social.



Dilma formalizou, ainda, a socióloga Luiza Bairros na Secretaria da Igualdade Racial; o deputado Mário Negromonte (PP-BA) no Ministério das Cidades e o advogado Luís Inácio Adams para continuar na Advocacia Geral da União.

Com a indicação de Padilha para a Saúde, o PT passa a comandar o segundo maior orçamento da Esplanada, perdendo apenas para Educação, também do PT.

Levantamento feito pela Folha mostra que, se permanecer com o número de pastas definidas até agora, o partido da presidente eleita passará a ter, a partir de janeiro, R$ 56 bilhões de recursos para as despesas sobre as quais os ministros têm poder de decisão --gastos obrigatórios e com pessoal não entram na conta.

É a maior fatia entre os partidos aliados. Os recursos do PMDB, que no governo Lula empatam com o PT, cairão para R$ 25,4 bilhões. As duas maiores perdas peemedebistas são justamente Saúde e Integração Nacional --que irá para o PSB.

O levantamento mostra que enquanto o PMDB perderá cerca de 35% dos recursos disponíveis até dezembro, o PT crescerá 34%. A negociação dos seis ministérios do PMDB desagradou os cardeais do partido, que reclamam da perda de espaço.

Dilma fez mudanças de última hora antes do anúncio de ontem. Primeiro, decidiu manter Orlando Silva no posto, após ter bancado o nome da ex-prefeita de Olinda Luciana Santos perante a direção do PC do B.

Outra alteração foi em relação ao espaço do PSB no governo. O governador Eduardo Campos (PE), presidente do partido, chegou ontem para um encontro com a presidente eleita com uma demanda de três ministérios (Integração Nacional, Portos e Aeroportos, além de Micro e Pequena Empresa). Saiu de lá com duas pastas.

Pelo desenho acordado com Dilma, Fernando Bezerra Coelho voltou a ser o nome para assumir a Integração Nacional e o governador do Ceará, Cid Gomes, ficou com a incumbência de sugerir o titular de Portos e Aeroportos.

A configuração retoma o rascunho original, ao menos em parte. Semena passada, Dilma havia decidido dar a Integração para o deputado Ciro Gomes, irmão de Cid.

A bancada na Câmara reagiu e, diante da dificuldade de acomodar todo mundo, o cenário acabou mudando.

Até a noite de ontem, a aposta na transição e no PSB era que Ciro ficaria de fora. Dilma, porém, gosta dele, e pode acomodá-lo em outro lugar.

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Fonte: Folha

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