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Preso denuncia à OAB baratas e falta de colchão no hospital penitenciário

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Após vistoria realizada sábado (19) no Hospital Penitenciário, a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB/PI - vai investigar denúncias de falta de condições de atendimento feitas por presos. Internos da unidade de saúde, que fica no presídio agrícola Major César Oliveira, entre Teresina e Altos, estariam dormindo no chão e fazendo refeições em meio a baratas e insetos. 


Lúcio Tadeu Ribeiro, presidente da comissão, foi surpreendido pelo detento Hernani Rodrigues, que denunciou uma suposta "maquiagem" no hospital antes da vistoria.  "Estou aqui para me desintoxicar, na luta contra o vício das drogas. Gostaria apenas de cama e banheiro limpos para viver com o mínimo de dignidade [.. .] Às vezes encontramos baratas e insetos nos pratos que nunca são limpos. Apenas ontem, ao saber da visita de vocês, é que os funcionários do hospital fizeram uma faxina nas enfermarias e mandaram colchões para os pacientes que estavam no chão", disse o preso.

A visita constatou que o hospital, hoje com 53 pacientes, funciona apenas como ambulatório e carece de remédios, ambulância e material de limpeza. Enfermeiras reclamam estarem com salários atrasados desde outubro. A OAB fará relatório a ser encaminhado para órgãos fiscalizadores, como Ministério Público e Ministério da Justiça. 


De acordo com o presidente da comissão, a OAB pretende ser parceira da Secretaria de Justiça na adoção de medidas para resolver os problemas, listados em relatório do Sindicato dos Policiais Civis, Penitenciários e Servidores da Secretaria da Justiça e da Cidadania do Estado do Piauí  - Sinpoljuspi.

Durante a visita, a coordenadora de saúde da Secretaria de Justiça, Albaniza Félix, informou que o atendimento pode ser melhorado com o cadastro do hospital do Sistema Único de Saúde - SUS. "Na próxima segunda-feira (21) vou me reunir com a gerente de humanização da Secretaria de Saúde, Rosângela Queiroz, para agilizar a integração do hospital ao SUS", afirmou para a comissão.

Da Redação
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