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Teresina registra falta de laranjas no mercado; Chuvas são o motivo

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O mercado aquecido das exportações de suco de laranja e complicações climáticas na colheita são fatores apontados para justificar o sumiço da fruta nas prateleiras de Teresina. O pouco que sobrou do mercado não tem sido suficiente para atender a demanda e o consumidor tem sentido no bolso o impacto dessa situação.

“Nessa época do ano nossos principais fornecedores estão na região Nordeste, que está no final da safra. A nossa segunda opção para fazer estoque é o Estado de São Paulo, que não começou as colheitas por conta das fortes chuvas”, informa o distribuidor James Andrade.

Segundo dados do distribuidor James Andrade, o carregamento diário de laranjas chegava 45 toneladas. Atualmente, a leva do fruto para a capital do Piauí tem chegado a 15 toneladas, fator que impulsiona o preço.



“Não é que tem faltado, mas a procura aumentou substancialmente. Isso interferiu no preço do quilo da laranja que há três meses era de R$ 1,30 e hoje saí, em média, por R$ 2,10”, comenta o distribuir da fruta.

A laranja está entre os 10 itens de maior saída na Ceapi. A preferência pela fruta cítrica é tamanha que ela chega a ser considerada pelos comerciantes como integrante da cesta básica do teresinense.

“O Brasil é o maior exportador de suco de laranja do mundo. Como a demanda internacional cresceu, o mercado interno ficou prejudicado. É uma reação em cadeia. Isso interfere também na qualidade do produto que é comercializado em Teresina”, explica James Andrade.



O mercado piauiense é abastecido pelas produções da Bahia, Sergipe, Goiás e São Paulo. Entretanto, a cidade de Altos, a 37 quilômetros de Teresina, já mostrou potencial e condições climáticas para a produção da fruta.

“O problema é que os produtores estão acomodados. Não adianta só o governo incentivar, os produtores devem se interessar e correr atrás”, critica o distribuidor.

Lívio Galeno
[email protected]

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