Representantes das entidades médicas do Estado estão reunidas em Corrente (a 900 km de Teresina) para participarem de uma Jornada Científica de Medicina, mas foram impedidos pela população de iniciar os trabalhos nesta manhã. Os moradores pediram que os médicos fossem até o Hospital Regional de Corrente e verificassem de perto a situação do local, que consideram caótico.

Estão na cidade, o presidente do Conselho Regional de Medicina Paulo Marques, o presidente da Associação de Medicina do Piauí, Felipe Pádua e a presidente do Sindicato Médico do Piauí Lúcia Santos, além de diversos médicos que formam as entidades no Estado. Moradores, vereadores e o vice-prefeito acompanham a vistoria.

Pouco antes dos médicos chegarem, um empresário morreu de infarto por falta de condições no atendimento.

Os médicos estão visitando todas as alas e constatando várias irregularidades. Segundo a presidente do Simpei, Lúcia Santos, a sala de radiologia não possui o aparelho necessário para medir o nível de radiação, a máquina de produzir a chapa do exame vive quebrando e ainda não há um radiologista para analisar os exames.

Moradores denunciam ainda que as paredes não são revestidas e a radiação vaza e os funcionários também não possuem o material de proteção adequado.

A médica informou que as entidades estão documentando todas as irregularidades, falta de equipamentos e vão produzir um relatório, provavelmente pedindo a intervenção do local. “Mas, pedimos para os vereadores convocarem uma audiência pública também para que a população seja ouvida e se realmente querem a intervenção. A partir desses dois documentos vamos tomar as providências cabíveis”, explicou Lúcia Santos que concordou que a situação é caótica.

A administradora do hospital, uma assistente social que assumiu a direção há menos de um mês, não acompanha a vistoria. Ela foi identificada como, Samara e está fora da cidade resolvendo problemas pessoais.  

No turno da tarde, os médicos irão iniciar a Jornada Científica.