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Maurine supera morte de pai, elimina México e leva Brasil à final

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A brasileira Maurine superou a morte do pai, que morreu na noite do último domingo, resolveu ficar em Guadalajara para representar o País e virou heroína na noite desta terça-feira. Com uma atuação de destaque, coroada com o gol da classificação do Brasil aos 33min do segundo tempo, a lateral protagonizou um dos momentos mais emocionantes dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no Estádio Omnilife. Graças a ela, a Seleção feminina derrotou o México por 1 a 0 e chegou à final do futebol.





A atleta tomou conhecimento da morte de seu pai no último domingo, quando estava com o restante do grupo em Guadalajara. Emocionada, a jogadora desabafou em seu Twitter, mas decidiu permanecer no México, apesar de o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) ter oferecido auxílio psicológico e também uma passagem aérea caso a brasileira decidisse retornar ao País nesta segunda. E, horas depois, fez o gol que levou a Seleção à decisão do Pan.


No jogo desta terça, a expectativa inicial era de casa cheia no Omnilife. Contudo, o que se viu no início da partida não foi exatamente assim. Os mexicanos, acanhados, só começaram a encher o local após o início da partida e, aos poucos, foram se instalando nas arquibancadas. Pouco mais da metade das cadeiras do estádio estavam ocupadas, muitas delas por escolas e crianças uniformizadas.


No primeiro tempo, o Brasil não manteve a boa forma exibida nas partidas anteriores, quando venceu Argentina (2 a 0) e Costa Rica (2 a 1), e ainda empatou com o Canadá (0 a 0). Nervosa, a Seleção não conseguia criar boas jogadas de gol e esbarrava na forte marcação das mexicanas. As anfitriãs, por sua vez, demonstravam afobação e não assustavam a meta de Bárbara.


Chances de perigo mesmo foram poucas. A primeira foi do México, aos 6min, quando a defesa brasileira vacilou e Samarzich quase marcou por cobertura, mas a arbitragem anotou impedimento. A Seleção respondeu aos 21min, com Maurine, que cobrou falta pelo lado direito e, na sobra, Formiga tentou cruzamento na área, mas Santiago se antecipou para defender.


Nove minutos depois, a mesma Maurine fez grande jogada pela direita e levantou na cabeça de Rosana, que, sozinha, cabeceou em cima da goleira rival. A resposta mexicana veio na sequência, em vacilo de Tânia Maranhão, que recuou mal para Bárbara e quase deu o gol de presente para Samarzich.


Na etapa complementar, os dois países voltaram mais aguerridos e pareciam dispostos a liquidar a fatura antes do término dos 45 minutos finais. E, com isso, o México foi para cima. Samarzich, a melhor anfitriã em campo, resvalou alçada na área de cabeça para a boa defesa de Bárbara, que salvou o Brasil mais uma vez.


Depois, os árbitros protagonizaram o lance mais polêmico do confronto. Aos 18min, Formiga cobrou escanteio, a bola pegou efeito e explodiu no travessão. No rebote, Bagé finalizou rasteiro e balançou as redes, mas o gol brasileiro foi mal anulado pelos juízes.

Por pouco, uma injustiça não ocorreu no lance seguinte, em rápido contra-ataque mexicano. Samarzich, sempre ela, recebeu enfiada de bola por trás da zaga, avançou para dentro da área brasileira e, completamente livre, finalizou em cima de Bárbara e desperdiçou a maior chance do duelo até então.


O tão esperado gol sairia minutos depois, aos 33. Foi quando Franciele lançou bola na grande área, Rosana resvalou de cabeça e Maurine, que recebeu sozinha pelo lado direito, tocou na saída de Santiago. Emocionada com o gol, a brasileira comemorou de maneira efusiva, apontou para o céu e chorou.


Antes do apito final, entretanto, as mexicanas ainda viram Samarzich estufar as redes brasileiras, em tento corretamente anulado pela árbitra cubana Irasema Agulera. Graças ao gol salvador de Maurine, o Brasil está na final dos Jogos Pan-Americanos e aguarda apenas o vencedor do duelo entre Colômbia e Canadá para conhecer seu adversário na decisão.



Fonte: Terra
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