A promotora de justiça Vera Lúcia Santos e o psicólogo Eduardo Moita participaram nesta quarta-feira (7) no Jornal do Piauí. O tema do debate foi  o rapto de um recém-nascido, ontem, na Maternidade Evangelina Rosa.

Eduardo Moita falou a respeito do perfil psicológico da raptora, identificada como Nayara Raquel Barbosa Silva, 27 anos. A estudante de Enfermagem teria perdido um filho recentemente, o que poderia ter desencadeado uma depressão pós-parto. 

"A depressão é um quadro que se apresenta geralmente de 2 a 4 semanas após o parto. O que Raquel poderia estar sofrendo é algum transtorno psicológico no qual ela poderia estar compensando a perca do filho com o rapto de um novo", afirmou o psicólogo.

Segundo ele, seria necessário que a polícia fizesse uma investigação multidisciplinar neste caso, com a junção de uma assistente social, um psicólogo e um psiquiatra. A equipe poderia analisar melhor todos os aspectos da acusada.

Vera Lúcia Santos falou do aspecto judicial do caso que no momento está sob responsabilidade da delegada Andréa Magalhães da Delegacia de Proteção a Criança e do Adolescente. "Vamos aguardar as investigações. A delegada é muito caprichosa no que faz", afirmou a promotora.

"Precisamos saber exatamente o que aconteceu. Existe inclusive a possibilidade de ela fazer parte de uma quadrilha de roubo de crianças", informou Vera Lúcia que acrescenta que mesmo sendo diagnosticado algum transtorno psicológico a estudante  responderá criminalmente a acusação de sequestro de infante.

Rayldo Pereira ( Especial para o Cidadeverde.com)