O conselheiro Ney Freitas, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), está em Teresina para acompanhar a implantação da Rede Nacional de Cooperação do Judiciário para melhorar a comunicação entre os juízes de diferentes tribunais. Ele enfatizou que o CNJ é maior do que a correção com problemas disciplinares de magistrados.
O CNJ é muito maior do que apenas a correção de problemas disciplinares. “A comissão a qual presido, por exemplo, trata da violência contra a mulher, bullying, tráfico de pessoas e não apenas problemas disciplinares. Não entendo o porquê essa agenda positiva não é tratada como a negativa”, desabafou Ney Freitas.
Em relação à cooperação, o conselheiro disse que a comunicação interna desobstrui o trabalho dos tribunais e beneficia o cidadão. “Esse modelo de cooperação veio da comunidade europeia, pois é um modelo que já funciona. Essa não é uma ação impositória, mas optamos por visitar todos os tribunais de Justiça para pedir o envolvimento do magistrado. É antes de tudo um convite, mas não deixa de ser uma meta”, afirmou.
As dificuldades de comunicação entre os diferentes tribunais resultam em grandes atrasos. Esse sistema de cooperação tem como missão mediar os contatos entre os juízes, detectar e remover os entraves e evitar a demora nos processos.
“Esse sistema trás muitos benefícios para o cidadão que tem direito a Justiça. O Tribunal de Justiça do Piauí já criou um núcleo de cooperação”, destacou o conselheiro.
O sistema de cooperação foi criado pela recomendação número 38/2011. Toda a cúpula do Judiciário Piauiense estava presente no encontro.
Flash de Sana Moraes
Redação Caroline Oliveira
