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Juíza autoriza que PMs entrem na Custódia para garantir visitas

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Atualização às 12h47

A juíza  Elizabete Marchetti, da Vara de Execuções Penais de Teresina, determinou que as visitas voltassem a acontecer, após rebelião na Casa de Custódia. A determinação já foi comunicado ao diretor do presídio, capitão Demes Marinho. 

Ela pediu que o processo fosse feito de forma pacífica e ordeira com ajuda da Polícia Militar. 

A juíza está há cerca de uma hora e meia, tentando negociar com os presos. Elizabeth está pessoalmente conversando com os presos e a principal reivindicação é o retorno das visitas, mas também denunciam maus tratos.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Lucio Tadeu, disse que vai tentar intermediar uma conversa entre o presidente do Sinpoljuspi e o secretário de Justiça, Henrique Rebelo, para tentar negociar os pontos e encerrar a greve. 

“Na verdade nem precisaria de uma determinação judicial se o governo sentasse com a gente. A juíza foi correta em dizer que as visitas devem acontecer de forma ordeira, porque se usar a força só vai piorar. Mas se for cumprida a determinação, não enfraquece, mas acaba a greve”, afirma Vilobaldo Carvalho, que tinha uma cópia da determinação nas mãos. 

Atualização às 11h47

Policiais do Rone, a juíza Elizabete Marchetti (Execuções Penais), o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Lúcio Tadeu, diretor da Casa de Custódia estão tentando negociar a entrada dos policiais militares nos pavilhões B e E, onde cerca de 100 presos estão fora das celas, porque tiveram os cadeados arrombados na noite de ontem. 

Fotos: Evelin Santos / Cidadeverde.com

Funcionários responsáveis pela manutenção foram autorizados a entrar na penitenciária, mas não tiveram acesso aos pavilhões para consertar os cadeados. 

A situação é bastante tensa dentro da Custódia e ainda não é possível saber se há vítimas.

Segundo apurou o Cidadeverde.com, os presos pediram para tomar banho, por volta das 22h30, uma situação que não é comum e desperta a suspeita de que existam vítimas fatais, porque o banho serviria para limpar o sangue. 


Atualizada às 11h35

A juíza Elizabete Marchetti, da Execução de Ações Penais, acaba de chegar à Casa de Custódia para tentar negociar a retomada das visitas. "Vamos fazer um esforço para tentar minimizar o movimento dentro dos pavilhões", disse.


Homens do Rone tiveram entrada liberada pelos agentes penitenciários há cerca de uma hora para fazer a vistoria nos pavilhões. Existe a suspeita de vítimas.

Postada às 10h59

Um princípio de tumulto, entre policiais militares e agentes penitenciários, aconteceu nesta sexta-feira(30) em frente a Casa de Custódia Ribamar Leite, na BR-316, na zona Sul de Teresina. As viaturas da Rone chegaram ao local e foram impedidas de entrar pelos agentes penitenciários. 

Somente com a intervenção do presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, Lúcio Tadeu Maia, os agentes liberaram a entrada de uma das viaturas. 


Os policiais chegaram para fazer vistorias nos pavilhões, principalmente nos que participaram do motim de ontem. Mas, há informações de que nesta manhã, os presos voltaram a se rebelar, quebrando cadeados. 

“É preciso viabilizar a visita aos presos o mais rápido possível. O Sinpoljuspi [Sindicato dos Agentes Penitenciários] e o Estado precisam retomar as negociações para evitar confrontos dentro e fora dos presídios”, afirma Lúcio Tadeu, enfatizando que o governo precisa assumir o papel de negociador, porque segundo ele, greve é um problema de Estado. 


Os agentes penitenciários possuem uma caminhonete carregada de pneus velhos que serviria para fazer uma barricada contra a Polícia Militar. 

Dentro da Custódia

Apenas uma viatura da Rone entrou para nas dependências da Casa de Custódia. Presos do pavilhão D, onde estão assaltantes de bancos, sequestradores e homicidas, começaram a quebrar cadeados. 


Além de advogado Lúcio Tadeu, estão sendo esperados para uma reunião, o deputado Kléber Eulálio e um representante do governo. O presidente do Sinpoljuspi, Vilobaldo Carvalho, está no local. 

Na noite de ontem, os presos fizeram motins por cinco horas. Eles reclamam principalmente da suspensão de visitas íntimas, por conta da greve dos agentes penitenciários que já dua nove dias. 



Flash de Sana Moraes (do local)
Redação Caroline Oliveira e Jordana Cury
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