O Centro de Reintegração Familiar e Incentivo à Adoção (Cria) atingiu mais uma vitória. Nesta semana, com o acolhimento do pequeno T. S., de nove anos, a Organização Não-Governamental chega agora a 25 crianças e adolescentes retirados dos abrigos e inseridos em ambientes familiares e comunitários por meio do projeto Famílias Acolhedoras.

A inserção de T. S. em um ambiente familiar simboliza não apenas mais uma vitória para o Cria, mas para a própria família do garoto. O pequeno T. S., que estava abrigado no Lar da Criança desde agosto de 2009, faz parte de um grupo de cinco irmãos. 

Desde janeiro deste ano, os outros quatro já haviam ganho um espaço cativo na casa de um casal, acompanhado pelo Cria. Agora, superando todos os precedentes do projeto, a costureira e artesã Socorro Alves e o eletricista Antônio de Almeida optaram por acolher o quinto irmão.

O projeto Famílias Acolhedoras caracteriza-se como um serviço que organiza o acolhimento, na residência de famílias acolhedoras, de crianças e adolescentes afastados da família de origem mediante medida protetiva. Representa uma modalidade de atendimento que visa oferecer proteção integral, por tempo indeterminado, às crianças e aos adolescentes até que seja possível a reintegração familiar, a adoção por outra família ou mesmo sua autonomia.

Este projeto tem sido o carro-chefe do Cria. Além de dar oportunidade de saber o que é uma família aos meninos e meninas que não podem ser reintegrados ou não estão em situação favorável à adoção definitiva, o projeto é recomendado pelo Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária, do Governo Federal. 

“Aqui no estado, o Famílias Acolhedoras, do Cria, já superou a estimativa feita para o modelo de Casas de Acolhimento, que acolhem no máximo 20 pessoas”, explica Francimélia Nogueira, que ainda fala: “Dessa forma, é muito mais evidente o sentimento de pertencimento a uma família”.