Promotora critica falta de blitzen nas saídas das boates de Teresina

A promotora de Justiça, Clotildes Carvalho, criticou a falta de blitzen nas saídas de boates, shows e shoppings de Teresina. Segundo ela, a ausência de fiscalização nestes locais provoca o aumento no número de acidentes de trânsito. As declarações foram feitas em entrevista ao Jornal do Piauí desta sexta-feira (18). "Aqui eu nunca vi uma blitz nas saídas desses lugares. Dessa forma, os jovens saem das festas depois de ingerir bebida alcóolica e dirigem de forma perigosa. Quem vai beber, tem que ir com um motorista, ou então que vá de jumento, mas não dá para ir de moto nem de carro", argumentou a promotora.Clotildes Carvalho criticou também as penalidades aplicadas em quem dirige sob efeito de álcool. "Às vezes, uma multa de R$ 130 não dói no bolso da pessoa que praticou a infração. O contrário também existe. Por isso, é preciso ter o bom senso e identificar a melhor penalidade", destacou. Para a promotora, os casos de acidentes de trânsito devem ser analisados de forma diferenciada. "Quem bebe, sai fazendo cavalo de pau e atropela uma pessoa, esse deve ser julgado no Tribunal do Júri, porque assumiu a intenção de matar. Mas, aquele que foi a uma festa com o filho, sai de lá e atropelou alguém, não tem dolo", explica.Caso DelsonClotildes comentou ainda sobre o caso do fotógrafo Delson Castelo Branco, encontrado morto no dia 15 de outubro do ano passado, após um mês desaparecido. A promotora negou o pedido de arquivamento do caso e solicitou que seja investigada uma possível relação entre o caso Fernanda Lages e a morte do fotógrafo.  "Recebi o relatório hoje, mas não li ainda. Estou sendo criticada, mas vou até o fim neste caso. Quem não pode receber críticas, não serve para viver", destacou.Jordana Curyredacao@cidadeverde.com