Quebra da safra de feijão no NE provoca alta no preço do grão

A quebra de produção de feijão na região Nordeste provocou valorização do grão. Os bons preços no mercado animam os agricultores do Paraná. 

O agricultor Eduardo Medeiros produz feijão no município paranaense de Castro. Ele ainda não terminou a colheita nos 200 hectares plantados, mas está entusiasmado com o preço. A saca do tipo carioca está sendo vendida por R$ 150. É mais que o dobro do que o mesmo período do ano passado. Nesta segunda safra, o Paraná deve produzir 347 mil toneladas. São quase 25% a mais que o mesmo período do ano passado. A situação é diferente em relação ao restante do país, onde o clima comprometeu a produção de feijão. Há anos os produtores não recebiam tão bem pelo produto. Como eles sabem que vai ter mais gente investindo na cultura, alguns agricultores pensam em diminuir a área plantada para o próximo ano. O agricultor Albert Barkema planeja reduzir pela metade a área de 600 hectares. A estratégia é para que o preço se mantenha. "Eu acredito que não é hora de plantar o feijão porque muita gente vai correr atrás dopreço e vai cair. Não vai se sair bem", diz. Por conta da quebra da safra de feijão do Nordeste, por causa da seca, a produção brasileira deve ficar em 1,1 milhão de toneladas. Houve queda de 14% em relação ao ano passado.Fonte: G1