O presidente da Associação dos Magistrados do Piauí (Amapi), José Airton Medeiros, afirmou que as informações recebidas pelo corregedor Nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão, são equivocadas a respeito da suposta factoring que funciona no local. O juiz esteve no programa Notícia da Manhã, nesta sexta-feira(26). “O que funciona no Tribunal de Justiça é uma cooperativa de crédito formada por juízes, promotores, servidores do judiciário, além das associações dos magistrados, da polícia e dos agentes penitenciários, a Juriscred que presta serviços bancários e é autorizada e fiscalizada pelo Banco Central do Brasil. Factoring é uma atividade lucrativa e a Amapi não se envolve em atividade lucrativa. Se isso saiu da boca do corregedor ele está equivocado ou ele não sabe o que factoring”, disse o juiz José Airton.Segundo o presidente da Associação, a irregularidade que existe em relação à Juriscred é em relação à arrecadação de custas processuais. “Como a Juriscred desenvolveu um programa para arrecadar as custas judiciais e cedeu gratuitamente para o tribunal eles fazem essa arrecadação e depois repassa para a Caixa Econômica, por não ter passado por licitação, isso foi atestado funcionamento indevido”, explicou o magistrado. Tanto a Juriscred, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica deverão sair do prédio do Tribunal de Justiça e podem retornar caso vençam a licitação que deverá ser feita. TelefoniaEm relação à falta de licitação para a telefonia e internet, o juiz explicou que o contrato foi firmado anos atrás com dispensa de licitação, já que a empresa OI era a única operadora a disponibilizar o serviço no interior do Estado. “O problema é que esse contrato venceu e não foi renovado. A telefonia continua prestando o serviço e o TJ continua pagando, mas não há um contrato que deve ser firmado novamente”, destacou. Matéria relacionada:Ministro do CNJ afirma que "situação do Piauí é a mais grave do País" Caroline Oliveiracarolineoliveira@cidadeverde.com