Controlador: Remédios custaram até 2000% a mais com fraude

O controlador geral do Estado, Antonio Filho, afirmou hoje (22) que os medicamentos adquiridos através do pregão fraudulento passaram a custar até 2000% a mais para a Secretaria de Saúde do Estado. O montante desviado chegou a R$ 7 milhões, segundo apontou a investigação da Polícia Federal com a Operação Gangrena.Evelin Santos/Cidadeverde.comAinda segundo o controlador, a fraude foi detectada pelos auditores da Controladoria, após verificarem que o produto entregue não condizia com o solicitado. Os medicamentos seriam destinados a hospitais regionais. Indagados pelos auditores, os diretores dos hospitais não confirmaram as solicitações. Além disso, a licitação previa tipos de remédios para finalidades irreais, como antibióticos infantis que não seriam entregues em hospitais com pediatria."O destino era para abastecer hospitais e eles não fizeram solicitações pela demanda que estava sendo adquirida. Diretores negaram solicitação de remédios. O objetivo era ganhar procedimentos e ter lucro acima do que ia ser ofertado no mercado", disse o controlador em entrevista ao Jornal do Piauí.Antonio Filho afirmou ainda que o governador Wilson Martins tem sempre chamado a atenção para as licitações.Os cinco servidores da Secretaria de Saúde que estão sendo investigados pela PF foram afastados até que a investigação termine e, se comprovada a participação no esquema, serão exonerados do serviço público.Leilane Nunesleilanenunes@cidadeverde.com