Lázaro: Desfile será planejado e terá contrapartida das escolas

O presidente empossado da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, Lázaro do Piauí, afirmou hoje (03) que o desfile das escolas de samba na avenida Marechal Castelo Branco será retomado no próximo ano. Porém, não pode continuar como estava, sem planejamento e contrapartida das agremiações.Evelin Santos/Cidadeverde.comDurante todo o ano, a Fundação Monsenhor Chaves fará um planejamento com cronograma a ser seguido e as escolas deverão se empenhar em conseguir apoio financeiro. "Carnaval no país é o ano todo e nós estamos fazendo aqui só a partir de setembro. Não fazemos escola de samba só com bingo e feijoada. Antes a gente conseguia dinheiro nas empresas privadas, mas isso porque as escolas tinham credibilidade, porque os empresários viam as escolas ensaiando, fazendo eventos", ressaltou.Para este ano, o planejamento é repetir o que ocorreu ano passado. Está faltando apenas acertar quais bandas farão a animação na avenida. O corso, como anunciado ontem, será na avenida Raul Lopes, com concentração na Universidade Federal do Piauí, que tem um espaço maior. Os carros sairão da UFPI até a avenida Raul Lopes, pela Ponte da Primavera, até o relógio localizado embaixo da ponte da João XXIII."O grande problema é a concentração. Estamos levando para uma área sem muito movimento, por dentro da universidade. O último detalhe estamos resolvendo com o reitor. São 5km onde não tem movimento no sábado a tarde, para sair na Raul Lopes, na Ponte da Primavera até o relógio. Gostaríamos de ir até o Teresina Shopping, mas a galeria não ficará pronta. Tentaram tirar os carros pequenos, mas eles vão entrar depois dos carros grandes", explicou.Além do corso, serão mantidos os outros eventos que já são tradicionais no Carnaval de Teresina, como a festa da escolha do Rei e Rainha, o desfile dos blocos e o Baile dos Artistas.Porém, como a prefeitura terá que fazer um corte de 30% nas contas, não há como financiar as escolas nem outros eventos maiores.Lázaro disse ainda que pretende se empenhar para desenvolver projetos de cultura popular, melhorando o acesso da população às casas e grupos mantidos pela Fundação."A primeira grande vantagem de colocar um artista na cultura é a linguagem. Essa linguagem vai facilitar. Sou artista há mais de 30 anos. Sei da dificuldade de se fazer arte no Brasil porque o processo de construção da cultura no país é histórico e social e atender é nossa dificuldade muito grande. No Piauí temos a vantagem de fazer tudo muito bem, todas as expressões artísticas. Temos que aproveitar isso, desde o erudito até o popular. Não podemos esquecer de nada", disse.Leilane Nunesleilanenunes@cidadeverde.com