Polícia divulga cheques usados para pagar morte de Emídio

A Polícia Civil divulgou nesta segunda-feira (25), os cheques entregues por Joaquim Pereira Neto, à Antônio Virgílio, como pagamento pela execução do ex-vereador Emídio Reis, no fim de janeiro deste ano. Os cheques foram entregues no dia 01 de fevereiro e endossados (assinados nas costas) por Joaquim, que foi quem sacou o dinheiro pago ao acusado pelo crime. De acordo com o delegado Luccy Keiko, que presidente o inquérito, em depoimento, o proprietário dos cheques Genivaldo Santos, que é cunhado do vice-prefeito Francimar Pereira, garantiu que apenas assinou os cheques. Ele informou à polícia, que Francimar teria pedido os R$ 15 mil emprestado no dia 1º de fevereiro e por se tratar de alguém de sua confiança, ele teria assinado os cheques que foram entregues por Joaquim Neto a Virgílio. Segundo a polícia, os cheques confirmam a versão de Joaquim Neto em depoimento divulgado recentemente. “Realmente se confirmou que aconteceu tudo do jeito que Joaquim contou. Ainda não há nenhuma ligação de Genivaldo com o crime. Ele emprestou porque confiava no cunhado”, explicou o delegado. O delegado disse que deve pedir a prisão preventiva de quatro dos cinco acusados presos na operação Mandacaru, que investigou o caso da morte do ex-vereador Emídio Reis. Para a polícia ainda existe dúvidas sobre a participação de um único acusado, Vanderlei Sá. Durante a última campanha eleitoral ele foi baleado por um dos correligionários de Emidio Reis, o que supostamente seria uma motivação para seu envolvimento na execução.Dois acusados ainda estão foragidos da polícia: Valter Ricardo da Silva, conhecido como Valté, e Elvídio Francisco da Silva. Ainda estão presos José Francimar Pereira, Joaquim Pereira Neto, Antônio Sebastião de Sá, o Antonio Virgílio, João Elísio Pereira e Vanderlei José de Sá. Corpo de Bombeiros O delegado nega que esteja sendo concedida qualquer regalia ao preso Joaquim Pereira Neto, que está detido no quartel do Corpo Bombeiros. A TV Cidade Verde divulgou um vídeo em que o preso assistia a um jogo de futebol dos militares e supostamente namorava. “Joaquim está no quartel para proteger sua integridade e chega a dizer: se eu for para lá não vou dormir nenhuma noite, se referindo à Casa de Custódia. Não há privilegio nenhum”, afirmou o delegado. Investigação A polícia está abrindo um procedimento para investigar uma possível tentativa de coação a Joaquim Neto. Segundo o delegado, ele está sendo coagido para omitir informações. “Alguém está tentando convencê-lo a mudar o depoimento”, concluiu o delegado.Flash de Rayldo PereiraRedação de Caroline Oliveiraredacao@cidadeverde.com