Corinthianos detidos enviam carta e pedem ajuda a Dilma Rousseff

ORURO - Depois de três meses de prisão em Oruro, na Bolívia, os 12 corintianos acusados pela morte do estudante Kevin Beltrán Espada mandaram da cadeia uma carta para tentar mobilizar a presidente Dilma Rousseff a atuar politicamente no caso. A carta foi escrita no domingo da semana passada (12), Dia das Mães, e foi encaminhada ao Palácio do Planalto."Sra. Dilma. Gostaríamos de parabenizar pelo Dia das Mães, pois é mãe duas vezes. Sabemos da importância de um abraço no filho no dia 12/05/13", eles escreveram. "Hoje, gostaríamos de dar um abraço em nossas mães, mas infelizmente a demora na Justiça nos impede. Gostaríamos de não sermos esquecidos, até porque somos seus filhos também". Os corintianos assinam a carta como "12 homens inocentes".Ontem, completou 90 dias que eles foram presos. No dia 20 de fevereiro, o Corinthians jogava sua primeira partida na Libertadores e ainda começava a luta no Campeonato Paulista para se classificar para as finais.O time, porém, já foi eliminado da Libertadores e sagrou-se campeão paulista sem que houvesse avanços na situação jurídica deles. "A gente ouve muita sugestão, mas nada parece adiantar. Parece que não existe ninguém com o poder para lidar com essa situação. Quem sabe a presidente ajuda", disse a agente comunitária de saúde Lucimar Vital Silva de Oliveira, de 53 anos, mãe de Danilo, um dos presos.A carta foi trazida pela psicóloga Marisa Feffermann, do coletivo Tribunal Popular. Ela também trouxe nas malas outras 9 cartas para as mães dos corintianos e uma para o rapper Eduardo, do Facção Central.Marisa também escreveu uma carta sobre o encontro. "Percebe-se que hoje tantos os policiais quanto os outros detentos tem uma atitude de respeito e camaradagem. No inicio a situação foi complicada, pois eram considerados assassinos. Mas logo, ficou provado que eles são apenas torcedores. Inclusive 5 não estavam no estádio quando a fatalidade ocorreu" escreveu.Fonte: MSN