Urologista aconselha homens a irem ao médico desde criança

A saúde do homem ainda não é um assunto com tanta repercussão quanto a da mulher quando se trata de prevenção. Isso porque os homens ainda não têm o mesmo hábito de frequentar o urologista, assim como a mulher consulta o ginecologista, por exemplo. Mas essa realidade, segundo o urologista Giuliano Aita, vem mudando nos últimos anos progressivamente. E essa é uma das conquistas a serem comemoradas no próximo dia 15 de Julho, Dia Nacional do Homem, que terá eventos especiais no Piauí, promovidos pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi).A data foi instituída em 1999, pelo Dr. Jerome Teelucksingh, em Trinidad e Tobago, e é apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Giuliano Aita explica que o chek-up masculino deve fazer parte da rotina do homem, assim como é a visita ao pediatra para as crianças e ao ginecologista para as mulheres, e esse é um dos temas mais lembrados nessa data. "Temos que batalhar para que não só nesta data, mas também durante todo o ano, campanhas lembrem aos homens da necessidade de consultas regulares e que, quando o assunto é saúde, o melhor mesmo é a prevenção. Em todas as faixas de idade os índices de mortalidade masculina são maiores que os índices femininos. Inúmeras mortes masculinas poderiam ser evitadas caso fosse feito o diagnóstico precoce de muitas doenças", comenta Aita.Os números são altos em se falando de mortalidade masculina. A cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. E em média a população masculina vive sete anos menos do que as mulheres. As causas externas, relacionadas à violência por arma de fogo e arma branca, agressão física, acidentes de trânsito e transporte, resultam em elevado número de internações e de mortalidade na população masculina. Os homens também são mais acometidos pelas doenças do aparelho circulatório, que têm como fatores de risco o aumento da ingestão de sal, obesidade, uso abusivo de álcool, sedentarismo, tabagismo, entre outros.No Piauí, o homem adulto apresenta maior frequência da maioria dos fatores de risco para doenças crônicas: excesso de peso (50,40%), tabagismo (19,40%), inatividade física(18,70%) e consumo abusivo de álcool (37,60%). Mas esses números podem ser revertidos, segundo Giuliano Aita. Para ele, os check-ups regulares e um programa de educação continuada da população sobre os cuidados relativos à saúde podem ajudar a diminuir os riscos para as doenças mais comuns que acometem os homens, seja em termos gerais, como urológicos. E isso vale para o homem em todas as idades. "Entre os 03 e 05 anos, podemos avaliar a necessidade de uma cirurgia de fimose, por exemplo, que pode ser importante para evitar um câncer de pênis na fase adulta; na adolescência, um urologista e um pediatra podem trabalhar em conjunto, observando o desenvolvimento dos órgãos genitais, avaliando a presença de varicocele, que pode trazer repercussões na fertilidade masculina, além da orientação e prevenção de DST's; Já dos 20 aos 40 anos observamos um pico de incidência dos tumores testiculares; Entre 40 e 45 anos, a atenção se volta para a prevenção ao câncer de próstata e as consultas devem ser anuais; Acima de 50, além do câncer de próstata, tratamos outros problemas comuns da faixa etária, como a hiperplasia prostática benigna e a andropausa", explica o médico.Da Redaçãoredacao@cidadeverde.com