Vereadores tentam impedir destruição para construir carvoria

Um comitiva de cinco vereadores do município de Curimatá se mobilizam para tentar impedir o desmatamento da Serra do Gado Bravo para a construção de cerca de mil fornos para produção de carvão vegetal. A região é considerada, desde 1995, área de preservação ambiental e, de acordo com Valdecir Júnior, ex-prefeito e advogado da Câmara, além dos danos ambientais irreversíveis, o desmatamento atingiria, diretamente, cerca de 12 mil habitantes da região.Valdecir Júnior explica que parte do sistema de abastecimento da região é realizado com a água proveniente da Serra do Gado Bravo. Com a destruição da área, os municípios de Júlio Borges e Curimatá seriam abastecidos apenas através da Barragem de Algodões II, o que, segundo o ex-prefeito, seria insuficiente."Na Serra do Gado Bravo existe um olho d'água de onde vem a água para abastecer o município. Com o desmatamento, cerca de 12 mil pessoas seriam prejudicadas e a água da Barragem Algodões II não teria capacidade para abastecer os dois municípios", destaca Valdecir Júnior.O presidente da Câmara de Curimatá, Gábino Nunes de Araújo, destaca ainda que, além dos danos ambientais e a carência da água, a população enfrentaria  sérios problemas de saúde devido à fumaça."A empresa responsável pela carvoaria é de Minas Gerais e estradas vicinais já estão sendo abertas para a construção dos fornos. O Ibama é responsável pela licença ambiental e o grupo de fora vem e não respeita os direitos de quem mora na região", desabafa Gábino Nunes. Dos nove vereadores do legislativo municipal, cinco estão engajados na questão ambiental que tenta impedir a destruição da área. Além do ex-prefeito e do presidente da Câmara, estão em Teresina, o vice-presidente da Câmara, Benedito Vogado Guerra, a secretária da Câmara, Alba Regina Jacobina de Alencar, e os vereadores Adonaldo Rodrigues Bastos e Raimundo Nonato Bezerra que pretendem dialogar com representantes do Ibama, Secretária Estadual e Municipal de Meio Ambiente e Instituo Chico Mendes.Graciane Sousa (Especial para o Cidadeverde.com)gracianesousa@cidadeverde.com