No Piauí, chapeleiro ensina criança com câncer a aliviar a dor com moda

Aos 25 anos de idade, um jovem paulista já acumula em sua história de vida 7 anos conhecendo o mundo a fora. Ele quis conhecer a imensidão do planeta Terra e se orgulha de ter passado por quase todos os cantos do mundo.Fotos: Thayse Oliveira e Helder Souza/Cidadeverde.comDe volta ao Brasil, bateu o vazio. O que fazer? A decisão: redescobrir seu país. Como? Com um projeto social simples e ousado. Durval Sampaio aprendeu o ofício de chapeleiro e passou a ensinar crianças com câncer a lidar com a perda dos cabelos. “Estava muito ansioso para chegar em Teresina. Pois fiquei fascinado com o trabalho desenvolvido pela minha amiga psicóloga Célia”, conta o designer ao Cidadeverde.com.A profissional em questão desenvolve trabalho na Associação de Apoio aos Portadores de Câncer do Piauí Esperança e Vida, que atualmente atende 40 crianças em tratamento com suas respectivas famílias.E já são 8 meses percorrendo o Brasil realizando oficinas de customização de chapéus para crianças. Em dois anos ele pretende percorrer todo o Brasil em seu furgão 1952. Já foram 13 mil quilômetros.“Já passei por São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espirito Santo, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e agora estou no Piauí. Daqui, vou para o Maranhão, depois Pará e pretendo chegar na Amazônia até janeiro de 2014”, revela Durval Sampaio.Os custos da viagem são conseguidos através da venda de chapéus. No princípio, eram 2 mil na mala, mas 800 já ganharam o Brasil. Os modelos são ousados, diferentes mesmo, e impressionam pelo designer. “Quando voltei resolvi olhar mais para o meu país. Não queria só viajar e conhecer o país por conhecer. Aprendi a costurar os chapéus e decidi ajudar as crianças para que o tratamento não fosse tão sofrido”, explica o chapeleiro.Antes uma distração, agora um projeto de vida. Ao todo, ele já realizou 23 oficinas e tem como meta, ainda, despertar a visão criativa das crianças.  “A vinda do chapeleiro acrescenta, e muito, para o tratamento das crianças com câncer. Elas aprendem de forma divertida a customizar os chapéus e assim aceitam com menos dor a perda dos cabelos”, diz a assistente social da instituição, Kayane Santos. Flash de Thayse Oliveira (Especial para o  Cidadeverde.com)Redação de Lívio Galenoredacao@cidadeverde.com