A presidente do Conselho de Secretários Municipais do Piauí, Socorro Candeira, afirmou que os médicos cubanos foram bem recepcionados no Piauí, diferente de Fortaleza (CE), onde foram vaiados. A gestora enfatizou que a dificuldade linguística será superada com o contato diário com a população."Esses médicos passaram por um treinamento de três semanas em Fortaleza, que também contemplava a questão da língua portuguesa. Além disso eu pergunto: é melhor ter um profissional com dificuldades ou não ter? Também quero explicar que esses médicos não atuarão sozinhos. Eles terão apoio de enfermeiros, técnicos e odontólogos para superar essa dificuldade inicial", acrescentou.Socorro disse ainda que a escassez de médicos no Piauí é grande e está pior que a média nacional. "A maioria dos nossos médicos está concentrada na capital. No Brasil a média é de 1,8 médico para cada mil habitantes. No Piauí temos 1,5. Há Estados do Norte/Nordeste com menos de um médico para cada mil pessoas. A escassez é dura", declarou.A presidente do Conselho finalizou a entrevista no Jornal do Piauí de hoje (16), afirmando que no Piauí não houve episódios de agressividade. "Foi excelente a recepção. Tivemos até cartazes de boas-vindas".Jordana Curyjordanacury@cidadeverde.com