Liminar faz candidato a prefeito demitido pelo Estado voltar ao cargo

A Justiça concedeu liminar suspendendo a demissão do farmacêutico Osvaldo Bonfim de Carvalho, ex-diretor do Laboratório Central (Lacen), expulso do emprego no ano passado por suposto envolvimento no superfaturamento da compra de equipamentos do laboratório H1N1. A decisão da 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública vale até o julgamento do mérito. Evelin Santos/Cidadeverde.comOsvaldo Bonfim, presidente do Conselho Regional de FarmáciaCandidato a prefeito de Nazária pelo PT em 2012 e presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRM-PI), Osvaldo Bonfim de Carvalho foi um dos investigados pela Operação Gangrena, da Polícia Federal. A ação apontou a existência de desvios de recursos da saúde que chegariam a R$ 7 milhões. A fraude aconteceria desde 2009. A investigação que culminou na demissão do servidor ocorreu em 2011. A Secretaria de Saúde desconfiou da nota fiscal de um equipamento, que apresentava valor inferior ao pago pela sua aquisição. No pedido de liminar, a defesa de Osvaldo Bonfim alegou que a defesa seria inválida por punição desproporcional, cerceamento de defesa e que a comissão processante foi composta por servidores com cargo de nível médio. Além disso, apresentou relatório do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) aprovando suas contas enquanto gestor do Lacen. A Justiça considerou o risco de "dano irreparável" e concedeu a liminar no dia 11 de setembro. Apesar de anulada a demissão, ainda não se sabe se o funcionário poderá retornar as suas funções. Em novembro de 2012, no mesmo dia em que o Diário Oficial publicou a demissão de Osvaldo Bonfim, a Secretaria de Saúde assinou portaria afastando das funções ele e mais quatro servidores investigados pela Operação Gangrena. A determinação foi do juiz federal Lucas Rosendo Máximo de Araújo, da 5ª Vara da Seção Judiciária do Piauí, onde o processo número 4658-13.2012.4.01.4000 ainda tramita em caráter sigiloso.Fábio Limafabiolima@cidadeverde.com