Secretário nega que tenha 11 presos do PCC nos presídios do Piauí

O secretário estadual de Justiça, Henrique Rebelo, negou que o Piauí tenha 11 presos da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo ele, o Estado abriga apenas dois detentos com ligações com o grupo. O site do jornal Folha de São Paulo divulgou ontem (15) um mapa com o número de membros do PCC em cada estado brasileiro. O Piauí aparece com 11 detentos, ganhando apenas do Distrito Federal, que soma sete. Em todo o País, seriam 8.807 presos da facção e 11.400 pessoas ligadas a mesma. Na reportagem, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, considerou a dimensão do PCC inaceitável. Clique para ampliar"Temos dois do PCC e não são 11. Desse número não tinha ciência", afirmou Henrique Rebelo. O gestor declarou ainda que os presos da facção são monitorados e bastante fiscalizados. Além disso, os dois detidos no Piauí não teriam causado qualquer problema no momento. Em outubro do ano passado, José Ivaldo Celestino dos Santos, apontado como número 2 do PCC no Nordeste, foi acusado de liderar a rebelião na Casa de Custódia de Teresina. Ele já foi transferido para São Paulo, a pedido da Secretaria de Justiça, ainda no ano passado. PresídiosSobre as denúncias de que presos estariam fazendo necessidades fisiológicas em garrafas de plástico em presídios do Piauí, Henrique Rebelo respondeu: "Qualquer denúncia é normal na nossa gestão ser submetida a sindicância. Evidentemente, só poderemos nos pronunciar quando terminarmos o procedimento de sindicância".O secretário ressaltou que apesar da dificuldade dos presídios, o último relatório do Conselho Nacional de Justiça aponta, na sua avaliação, que as unidades do Piauí tem evoluído. Segundo ele, em reunião nesta semana em Teresina, o conselheiro do CNJ, Guilherme Calmon, teria parabenizado as mudanças implantadas no sistema penitenciário do Estado.Central de TriagemHenrique Rebêlo confirmou que o governador Wilson Martins (PSB) autorizou a construção da central de triagem, que vai desafogar as delegacias de Teresina. Já foi escolhido um terreno, perto da penitenciária Irmão Guido, zona Sul da capital. A área já estaria sendo desmatada para o início das obras, previstas para serem entregues em 2014. Yala Sena (flash)Fábio Lima (Da Redação)redacao@cidadeverde.com