Famílias tem que importar água da Bahia para sobrevivência na seca

O episódio desta sexta-feira (15), da série Seca no Piauí, mostrou o sofrimento das famílias de cidades do interior que precisam importar água de outras cidades e até da Bahia, para a própria subsistência.Fotos: Reprodução / TV Cidade VerdeA água que ainda está disponível em muitas áreas é imprópria para o consumo. Próximo ao chão rachado só é possível encontrar lama e água salgada que não abastece nem os pequenos criatórios que ainda restaram na região.Em Betânia, cidade com menos de 4 mil habitantes, aprender a conviver com a seca é aprender a conviver sem água. As famílias tem direito a quantidades contadas de água e os trabalhadores rurais precisam cozinhar e utilizar a água para tudo que fazem durante o dia.Em regiões com poucas chuvas a água já se tornou artigo de luxo. Em Avelino Lopes por exemplo é preciso caminhar até dois quilômetros para encontrar o que beber. O poço aberto no meio do nada foi o único lugar com água razoável encontrado pelos geólogos. O uso da caneca, gera um trabalho tão cansativo quanto a longa caminhada.O drama da seca deixou de ser exclusivo do homem do campo. Em Caracol por exemplo já existe revezamento de água para as regiões do município, pois não é possível manter o abastecimento em todos os lugares ao mesmo tempo.A solução, segundo a maioria dos agricultores seria uma adutora vindo de algodões, que não foi viabilizada. Em Parnaguá, a comunidade acredita que se a seca persistir, as antigas casas que estão submersas no açude da região, poderão reaparecer.A cidade tem vários poços públicos mas existem alguns que estão desativados ou trancados por medidas de segurança. Segundo o secretário de finanças de Morro do Chapéu, Neymar, a medida serve para preservar o motor que bombeia a água."Já queimaram três bombas em três meses se ficar aberto. Temos que regrar o uso, mas todos podem ter acesso", concluiu o secretário.Rayldo Pereirarayldopereira@cidadeverde.com