Após ter fraturado a perna em confronto do UFC, principal competição de artes marciais mistas do mundo, o brasileiro Anderson Silva terá uma batalha maior que a lesão a ser superada. Na visão do médico Gerardo Vasconcelos, o lutador terá de trabalhar seu lado psicológico. Evelin Santos/Cidadeverde.comAnderson Silva acertou um chute no joelho de Chris Weidman, em luta nos Estados Unidos, na noite de sábado. O brasileiro levou a pior e quebrou a perna em duas partes, sendo retirado do octógono as pressas para uma cirurgia. "A principal barreira que ele vai ter é a psicológica. Ele vem de uma derrota, vai fazer 39 anos. Ele vai ter sempre medo de chutar", disse Gerardo Vasconcelos no Jornal do Piauí desta segunda-feira (30). O especialista é membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte.O médico explicou como ocorreu a cirurgia de emergência na perna esquerda do lutador, que sofreu rupturas na tíbia e fíbula. Segundo o médico, uma haste é colocada no local. Ela funciona como um cano no centro do osso para estabilizar a fratura e é presa nas extremidades com dois parafusos. Como se trata de um atleta, a recuperação de Anderson Silva pode ser mais rápida que os seis meses previstos. Porém, Gerardo Vasconcelos alerta que quem sofre uma lesão dessa natureza não usa golpes semelhantes da mesma forma que antes, temendo uma nova fratura. É nesse momento que o lado psicológico deve ser trabalhado. "Desejo que ele consiga superar esses obstáculos", comentou o médico.Além disso, o médico admitiu ser possível que Anderson Silva já tenha sofrido microlesões na região, por repetição do mesmo golpe em treinos, por exemplo. Caso essa hipótese se confirme, o lutador pode ter sentido dores anteriores na perna. Fábio Limafabiolima@cidadeverde.com