Greco e perícia são acionados para investigar assalto ao BB de Simões

Duas equipes do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) e a perícia do Instituto de Criminalística foram enviados para a Simões (a 440 km de Teresina), para ajudar nas investigações do assalto ao Banco do Brasil que ocorreu por volta das 10 horas desta quarta-feira(12). Os delegados Menandro Pedro e Carlos César Camelo estão em deslocamento e vão auxiliar nos depoimentos das testemunhas e das vítimas, além de tentar identificar os cincos assaltantes, que estariam “de cara limpa” na hora da ação. “O circuito interno de câmeras vai facilitar a identificação, já que há informação de que eles estavam sem máscaras e não esconderam o rosto. Esse trabalho ficará a cargo da investigação”, explicou o comandante de Policiamento do Interior (CPI) da PM, tenente coronel Lindomar Castilho. Segundo o coronel, os cinco homens fugiram numa Amarok de cor branca e foram vistos pela última vez, no povoado Nascente em Trindade-PE, próximo à divisa com o Piauí. “Temos cinco homens do Batalhão de Picos, mais cinco da Força Tática de Paulistana, quatro de Marcolândia e os seis de Simões envolvidos na cassada aos assaltantes, além do reforço de militares de Ouricuri e do GATE de Pernambuco”, ressaltou o comandante do CPI.   O bando chegou na cidade atirando para cima e invadiu o banco, depois de render clientes e funcionários saíram levando reféns e pelo menos três sacolas de dinheiro. Este é o terceiro assalto à agência bancária da cidade. Falta de policiais A delegacia regional de Simões conta apenas com o delegado regional, Ferdinando Martins, e um escrivão. E no plantão do Grupamento da PM há apenas dois policiais militares no plantão diário. A cidade é na divisa com o Estado de Pernambuco e em menos de um ano a agência bancária já foi assaltada duas vezes, desta vez com pelo menos cinco pessoas de reféns. A presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil (Sindepol), Andrea Magalhães, denuncia que a situação da insegurança é em todo o interior do Estado. O desabafo foi feito em sua página na rede social Facebook. “Sinto-me na obrigação de novamente colocar a absurda situação de insegurança no interior do Estado do Piauí. Na manhã de hoje, a cidade de Simões, onde o efetivo é de somente um delegado e um escrivão, e quando muito dois policiais militares, foi novamente assaltada, com vários disparos de arma de grosso calibre, reféns, sendo o segundo assalto a banco em menos de um ano. A realidade de Simões não é diferente das demais cidades do todo o Estado, onde temos comarca onde o delegado é o único policial da cidade, absurdo, descaso, praticamente um suicídio, homicídio e genocídio. Fica o aviso, caso mais uma vida, a exemplo da vida dos dois gerentes do Banco do Brasil, também seja ceifada, o Estado é o principal responsável”, relata Andrea Magalhães.Mais políciaO vereador Luciano César de Carvalho (PT) destacou que já foi feita várias solicitações para aumentar o policiamento na cidade ao governo do Estado e à Secretaria de Segurança, pois o município está incluído no projeto de construção de um Parque Eólico que vai movimentar mais dinheiro na região.“Precisamos de uma companhia ou de um batalhão mesmo, porque se a cidade sem investimento nenhum já foi assaltada três vezes, imagina quando o Parque Eólico for construído e que será mais de R$ 1,5 bilhão em investimentos?”, questiona o parlamentar municipal. Matéria relacionada:Simões: Bando rouba e faz gerente de refém usando farda do Exército Caroline Oliveiracarolineoliveira@cidadeverde.com