Firmino: poluição do rio Poti é reflexo da crise na Agespisa

O prefeito Fimino Filho (PSDB) visitou a ponte do Mocambinho na manhã desta sexta-feira (14), para acompanhar a operação de retirada dos aguapés e canaranas do rio Poti. Segundo o gestor, uma empresa está investindo cerca de R$ 200 mil, em forma de compensação por estar construindo um aterro sanitário na zona Sul da cidade.Evelin Santos/Cidadeverde.comFirmino disse que o serviço é paliativo e que a única solução para minimizar o surgimento dos vegetais no leito do rio é o aumento do esgotamento na capital. "80% das casas de Teresina despejam o seu esgoto em canais que vão diretamente para o rio. Há também um problema nas estações de tratamento da Agespisa que acabam jogando o esgoto cru no Poti, quando há uma quebra na máquina ou interrupção de energia", declarou o prefeito.De acordo com Firmino, a solução seria a Prefeitura assumir parte dos serviços da Agespisa na região de Teresina que fica após o rio Poti e a empresa ficar responsável pela área entre os rios.Crise da Agespisa e poluição O gestor ressaltou que o projeto de subdelegação proposto pela Agespisa está parado. "A melhor solução é a Prefeitura assumir parte dos serviços para que consigamos os recursos de investimento em saneamento básico, com financiamento federal. A Prefeitura fez um contrato com a Agespisa, que não cumpriu suas metas. Esse será um tema que deverá ser debatido nas eleições. Estamos há duas décadas de crise na Agespisa e a poluição do Poti é um reflexo disso", destacou o prefeito.Firmino acrescentou que há várias soluções para o saneamento básico na capital, além da Prefeitura assumir parte do serviço. Ele citou a parceria público-privada ou entre dois entes governamentais. "Temos bons exemplos no Ceará, em Recife e em São Paulo, de empresas que souberam administrar o abastecimento de água e o esgotamento sanitário. Precisamos pensar bem e definir o que vai ser melhor para Teresina", ressaltou o prefeito.Matéria relacionada:Estação de monitoramento será criada para verificar poluição do Poti Carlos Lustosa Filho/CidadeVerde.comCabo encontrado durante a limpeza dos vegetais. Prefeitura também retirou entulho na base da ponte.Homem em um barco retira a vegetação e a leva até a margem.Material está tão espesso que é possível ficar de pé sobre ele com ajuda de isopores.Escavadeira retira material do rio que é depositado em caminhãoEsclarecimento AgespisaA Agespisa informa que deve retomar até o final deste primeiro semestre a obra de ampliação da rede de esgotamento sanitário na zona Sul de Teresina. Serão 102 mil ligações para beneficiar cerca de 250 mil pessoas. Com um investimento de R$ 103 milhões, a cobertura do serviço vai saltar de 17% para 50%. Os recursos são oriundos do Ministério das Cidades e liberados por meio da Caixa. Ao todo, serão implantados mais 300 quilômetros de rede de esgoto na zona Sul de Teresina. A ampliação do serviço permite a melhoria da qualidade de vida da população e o desenvolvimento econômico e social da cidade.  A Agespisa informa ainda que firmou acordo homologado pela Justiça Federal, no final do ano passado,  para contribuir financeiramente com R$ 100 mil no trabalho de retirada dos aguapés do Rio Poti. A empresa fez o depósito desse valor no dia 19 de dezembro de 2013. Outra medida adotada pela Agespisa para evitar a poluição do Poti foi a instalação de grupos geradores de energia em 16, do total das 24 estações elevatórias de esgoto da capital. São equipamentos automatizados que garantem o funcionamento do sistema mesmo quando ocorre falta de energia. A empresa adquiriu mais seis grupos geradores, que devem ser instalados até o final do mês de março. O restante dos equipamentos para as demais estações já está sendo providenciado.Flash de Carlos Lustosa FilhoRedação de Jordana Curyredacao@cidadeverde.com