Emater: cartilha ensina técnica de convivência no Semiárido

Com o objetivo de divulgar as ações realizadas para otimizar a convivência com o Semiárido ao invés do tradicional combate à seca estão sendo distribuídas as cartilhas do Programa Permanente de Convivência com o Semiárido (PPCSA). O Governo do Estado vem investindo em políticas de desenvolvimento nas mais diversas áreas de conhecimento como forma de diminuir os problemas ocasionados pela seca.O PPCSA vem desenvolvendo, desde 2003, ações nos mais diversos segmentos para a melhoria das condições de vida nas regiões que mais sofrem com a estiagem. Uma de suas primeiras iniciativas foi a inserção do estado na Rede de Educação no Semiárido Brasileiro (Resab) onde puderam ser realizadas mobilizações, implementação de ações de educação contextualizada, dentre outras. Além disso, através da educação contextualizada e pós-graduação, os professores das Gerências Regionais de Educação (GREs) adquirem formação, desenvolvem material didático, bem como participam de oficinas.O Governo do Estado tem investido nas mais diversas áreas para beneficiar as regiões que mais sofrem com a seca. “Temos trabalhado nas ações de enfretamento à seca com projetos para curto, médio e longo prazo. O resultado disso é que em todo o estado podemos encontrar obras que garantem às pessoas o acesso à água." comenta Wilson Martins.Através do programa já foram implantados cinco cursos de pós-graduação, sendo dois voltados para a Educação e três para a Gestão e Políticas Públicas no Semiárido. Os cursos são ofertados pela Uespi e coordenados pelo Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Secretaria de Educação e Cultura do Piauí (Seduc). Os cursos estão sendo realizados nos seguintes territórios: Vale do Sambito, Vale do Rio Guaribas, Vale do Canindé e Serra da Capivara.As atividades do PPCSA estão em desenvolvimento há mais de 10 anos, então, o objetivo da diretoria de convivência do Semiárido é permitir que as ações sejam amplamente conhecidas pela população piauiense, principalmente as mais atingidas pelos problemas da seca para que este ganhe ainda mais apoio.“O nosso objetivo é que as pessoas saibam quais ações que o Piauí vem desenvolvendo para promover a convivência com o Semiárido. Acreditamos que, com essa divulgação, mais pessoas se insiram e possam ser beneficiadas com o programa”, afirma Lúcia Araújo, diretora de Convivência com o Semiárido, do Emater.A captação da água da chuva também é uma das atividades executadas por intermédio do PPCSA. O primeiro projeto de construção de cisternas cumpriu uma meta de 7.119 em 86 municípios. O segundo está sendo executado e serão construídas 10.800 cisternas, sendo 7.000 cisternas de 16 mil litros e 3.800 de 52 mil litros.O programa Água Doce também é uma das ações do PPCSA. O intuito do programa é permitir que as comunidades tenham acesso à água de boa qualidade para o consumo humano. Através do programa, serão instalados 67 sistemas de dessalinização da água encontrada nos lençóis freáticos. Serão beneficiados 20 municípios com as situações mais críticas e a instalação do sistema é realizada de acordo com a necessidade de cada uma das localidades. Com a dessalinização de águas salobras ou salgadas cerca de 26 mil pessoas no Semiárido piauiense serão beneficiadas.Outras ações também são desenvolvidas para beneficiar o Semiárido como, por exemplo, a implantação dos bancos de proteínas que auxiliam na alimentação de caprinos, principalmente no período seco; e as barraginhas que têm a finalidade de captar e armazenar a água da chuva na superfície do solo e do subsolo, possibilitando às famílias o cultivo permanente de hortaliças e frutas.Da Redaçãoredacao@cidadeverde.com