Caso Ademyston: Corregedoria da PM não afastará coronel indiciado

Atualizada às 12h56O corregedor geral da Polícia Militar, em entrevista ao Jornal do Piauí desta quarta-feira (30), reafirmou que o coronel Souza Filho não será afastado dos quadros da Polícia Militar enquanto não for condenado em juízo. Entretanto, Ricardo Lima ressaltou que a PM abriu inquérito ainda no ano passado, para investigar a ação dos policiais durante assalto ao Banco do Brasil de Miguel Alves.Corregedor da PM, Ricardo Lima"Estávamos apenas aguardando a conclusão da perícia para finalizar o inquérito da PM. Agora teremos 30 dias para entregá-lo à Justiça e o Ministério Público decidirá se haverá novos indiciamentos e se o comandante será denunciado", explicou o corregedor.Ricardo Lima considerou que a Polícia Civil fez um bom trabalho e lamentou a morte do gerente Ademyston Rodrigues, que foi levado como refém na tentativa de fuga e foi morto ao ser atingido por um tiro disparado pelos policiais."Vamos aguardar o posicionamento do promotor militar. Se ele denunciar, discutiremos o afastamento, mas existe a presunção de inocência. O coronel sempre tirou o 1° lugar em todos os cursos que fez em nível federal e recentemente foi interventor no Promorar. É o poder judiciário que vai definir se ele vai ser julgado pela justiça comum ou pela militar", confirmou o corregedor.Ricardo acrescentou que os policiais militares haviam montado barreira para impedir a fuga dos bandidos, que estavam com o dinheiro roubado e dois reféns. "Mas o primeiro tiro não partiu dos PMs, partiu dos assaltantes. Foi uma situação muito complicada e não havia muitas possibilidades de comunicação", finalizou o corregedor.Postada às 10h30O corregedor geral da Polícia Militar, coronel Ricardo Lima, informou que a corregedoria não vai abrir investigação contra o coronel Souza Filho. Segundo ele, qualquer decisão dentro da PM será tomada somente após sentença transitada em julgado.Evelin Santos/Cidadeverde.comSouza Filho foi o comandante da operação policialSouza Filho foi indiciado em inquérito da Polícia Civil por homicídio culposo, onde não intenção de matar. A acusação está relacionada à morte do gerente do Banco do Brasil Ademyston Rodrigues, que foi refém em tentativa de fuga após assalto à agência de Miguel Alves."Vamos esperar o posicionamento do Poder Judiciário. Não cabe à Polícia Militar iniciar um inquérito administrativo nesse momento, mas ele responderá pelo que o Ministério Público denunciar, independente do cargo na PM", explicou o corregedor.Ricardo Lima acrescentou que até o julgamento final do processo, Souza Filho é considerado inocente. O corregedor evitou falar sobre afastamento do coronel dos quadros da PM. "Há indícios de prática de crime, mas há presunção de inocência até que a sentença seja transitada em julgado", finalizou.Souza Filho era o comandante da equipe de militares que agiu após o assalto em Miguel Alves. Como não há como definir de qual policial partiu a bala que atingiu a viatura, se fragmentou e alvejou o gerente, o comandante foi responsabilizado no inquérito.Há informações não oficiais de que Souza Filho esteja servindo à Força Nacional em outro Estado. Ele não compareceu à apresentação do inquérito ontem (28), na Delegacia Geral.Matérias relacionadas:Caso Ademyston: Família deverá ser indenizada por erro de coronel da PM Após conclusão do inquérito, viúva pede justiça para morte de gerente Coronel da PM será indiciado por morte de gerente de banco Jordana Curyjordanacury@cidadeverde.com