Campanha contra sequestro ganha apoio

Michelle Obama, primeira-dama dos Estados Unidos, entrou na campanha internacional "#BringBackOurGirls" (Traga Nossas Meninas de Volta, em português) em prol da libertação de mais de 200 garotas sequestradas por integrantes do Boko Haram, milícia radical islâmica que atua na Nigéria. Foto: Reprodução/InstagramMichelle Obama em sua página no Instagram manda mensagem de apoio às meninas sequestradas na Nigéria"As nossas orações estão com as meninas nigerianas desaparecidas e suas famílias. É hora de trazer nossas garotas de volta", publicou a esposa de Barack Obama em seus perfis nas redes sociais nesta quarta-feira (7).Os Estados Unidos, a França, a China, o Canadá e o Reino Unido já anunciaram que estão à disposição do governo nigeriano para encontrar as jovens. Dentre as ações oferecidas, estão o envio de analistas e fornecimento de dados de satélite, afim de que se descubra para onde as meninas foram levadas.A polícia da Nigéria ofereceu uma recompensa de 50 milhões de nairas (cerca de US$ 300 mil, ou R$ 669 mil) para quem fornecer informações factíveis sobre o paradeiro das garotas sequestradas.O porta-voz da polícia local, Frank Mba, convocou "todos os cidadãos patriotas que tenham informação útil" sobre o lugar onde se encontram as estudantes a ligar para algum dos números divulgados. A polícia pretende envolver o público geral "na solução para o atual problema de segurança" no país, disse Mba.O porta-voz garantiu aos cidadãos que qualquer informação será tratada "de forma anônima e com a máxima confidencialidade".As menores foram sequestradas em uma escola de Chibok em meados de abril, no estado de Borno, no norte do país. A polícia anunciou a recompensa um dia após os Estados Unidos terem oferecido ajuda para a Nigéria solucionar o crime.Grupo extremistaO Boko Haram, que significa em língua local "a educação não islâmica é pecado", luta para impor a "sharia" (lei islâmica) na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.Desde que a polícia matou em 2009 o líder do Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que deixou mais de três mil mortos.Com 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais populoso da África, sofre múltiplas tensões por suas profundas diferenças políticas, religiosas e territoriais.Fonte: Terra