Greve é mantida e TRT manda que 50% da frota circule nesta sexta

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) tentou, mas os motoristas de ônibus, cobradores e empresários do setor não chegaram a um acordo que impedisse a greve de ônibus em Teresina, marcada para a zero hora  desta sexta-feira (23). A audiência foi realizada na tarde desta quinta-feira (22) na sede do TRT.Fotos: Yala SenaA paralização está mantida. A audiência aconteceu com o intermédio do desembargador Francisco Meton Marques,presidente do TRT. O Tribunal fez proposta de 7,5% de reajuste com data base em janeiro.. Os trabalhadores querem 10% de reajuste. Inicialmente, o Setut fez proposta de 6% e disse aceitava o percentual sugerido pelo Tribunal. Participam do encontro o presidente do Setut, Herbert Miúra, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Francisco das Chagas Oliveira, o procurador do Trabalho, Luzardo Soares e vice-líder do governo na Alepi, deputado Evaldo Gomes (PTC).“O Setut não tem condições de bancar os 10%”, afirmou Herbert Miúra. O desembargador Meton Marques, sugeriu, ainda, que motoristas e cobradores adiassem a greve para a próxima segunda-feira (26). Os trabalhadores não aceitaram.“Para qualquer negociação o mínimo tem que ser o patamar de 10%. Outro fato é que qualquer proposta tem que ser levar para assembleia da categoria. Não temos como convocar em véspera da paralisação”, disse Francisco das Chagas.O presidente do Sintetro se comprometeu a levar a proposta de 7,5% para a assembleia, mas a greve será mantida e uma nova assembleia será marcada para acontecer neste sexta-feira (23). O desembargador Meton construiu acordo para garantir que 50% da frota circule e conseguiu subir a proposta de reajuste para 8%. Francisco das Chagas garantiu que o novo percentual será colocado em votação nesta sexta.Atualizada 17h40O presidente do TRT reformulou pedido do MPT que sugeria multa de R$ 100 mil por dia caso Sintetro cumprisse frota 50% de ônibus circulando durante a greve. O desembargador Francisco Meton Marques fixou multa em R$ 10 mil por dia. Na reunião foram feitas duas propostas para a categoria. A primeira, do promotor Luzardo Soares, sugere reajuste linear de 8% com data-base em maio. A segunda proposta foi feita pelo presidente da Corte: reajuste de 7,5% retroagindo a janeiro. Para o presidente do Sintetro, as negociações representaram um avanço. "Mas a greve está mantida. As propostas serão levadas para assembleia só as 9h desta sexta-feira", disse Francisco das Chagas Oliveira. Seguindo a proposta de Luzardo, os motoristas deixaria de ganhar R$ 1.325 para R$ 1.431. Já os cobradores passam de R$ 811 a R$ 876. A categoria tem cerca de 1.600 trabalhadores. A audiência ocorreu em meio a impasses. O ponto mais polêmico foi a mudança da data base de maio para janeiro.Matéria relacionada:MPT pede multa de R$ 100 mil se Sintetro não cumprir acordoFlash de Yala SenaRedação de Lívio Galenoredacao@cidadeverde.com