UFC não divulga todos os testes surpresa realizados com seus lutadores

 “Minha opinião é bem simples: direitos iguais para todos”. Essa é a torcida de Fabrício Werdum, campeão interino dos peso-pesados, para a nova política antidoping do UFC. Mas a transparência prometida pelo vasto programa de testes surpresa, anunciado no dia 18 de fevereiro, ainda está longe da realidade. Na prática, os lutadores convivem com segredos e incertezas.

— Nem todos os exames são divulgados. Às vezes, eles (UFC e comissões) guardam o teste — afirma Werdum.

O campeão dos médios, Chris Weidman, chegou a questionar quantas vezes Vitor Belfort seria testado antes da luta entre ambos, marcada para maio deste ano. Segundo as comissões de Nevada e da Califórnia, Weidman foi testado uma vez, enquanto Belfort passou por três exames aleatórios desde julho passado, quando foi autorizado a lutar após a proibição de sua terapia de reposição hormonal.

EXTRA apurou, no entanto, que o brasileiro passou pelo menos por seis testes anti-doping nesse período — ou seja, o dobro do dado oficial.

— Os testes surpresa podem ser divulgados ou não. Eles (UFC e comissões) é que vão decidir se há suspensão. Os exames em dia de luta é que sempre punem — explica o peso-pena Thiago Tavares, que já foi testado fora de períodos de competição.

Segundo Thiago, o UFC não exige sigilo dos lutadores sobre os exames a que eles próprios são submetidos. Mas o brasileiro admite que o conhecimento do controle feito sobre os rivais é quase inexistente.

— Não tenho como saber se meus adversários são testados. Mas é o tipo de coisa que não me interessa — completa.

Fonte: Extra