Cadeirantes sofrem com a falta de acessibilidade no transporte coletivo

A TV Cidade Verde acompanhou nesta terça-feira (7) o drama de uma cadeirante que tentava embarcar em um ônibus coletivo na zona norte de Teresina. Foram 40 minutos de espera para a estudante Rosimary Barros em uma parada improvisada nas proximidades do Hospital do Bairro Primavera, na avenida Duque de Caxias. 

Ela havia acabado de sair do hospital e tentava se descolar até a parada de ônibus no outro lado da via. "Tem dia que eu passo é tempo na parada, depende muito", afirmou.

O primeiro ônibus que apareceu estava com a rampa quebrada. Na segunda tentativa a estudante enfrentou dificuldades para embarcar. Comerciantes relatam os problemas enfrentados por cadeirantes que precisam pegar ônibus na região. "Essa estudante fica horas tentando passar e os carros não param. Ela só atravessa  a avenida para pegar o ônibus quando todos os carros passam", conta Vanussa Costa, comerciante.

Como se não bastasse os problemas relacionados aos coletivos, a falta de acessibilidade nas ruas é outro empecilho. Rosimary Barros, por exemplo, só chegou ao destino com a ajuda de terceiros. É comum motoristas ocuparem as rampas de estacionamento, obstruindo as passagens.

Segundo a Associação de Deficientes Físicos de Teresina, a capital possui hoje 2.000 cadeirantes. "A parada não garante acessibilidade, os ônibus não param. Não adiante colocar um ônibus novo, acessível na televisão, se no decorrer do dia esse ônibus não dá esse acesso", afirma Alexandre Almeida, presidente da ADEFT

Da Redação (Com informações da TV Cidade Verde) redacao@cidadeverde.com