Cineas entrevista neta de Lampião em Congresso do Cangaço

O Feito em Casa, deste sábado(7), mostrou o IV Congresso Nacional do Cangaço, realizado em São Raimundo Nonato(PI), de 27 a 31 de outubro. O programa exibiu algumas entrevistas feitas com personalidades que participavam do evento.

Cineas conversou com o músico Simba, que integrou a banda do Mestre Ombrósio, e quis saber sua opinião sobre o  cangaço. Simba disse que foi um acontecimento forte da nossa história. Para ele, o Congresso ajuda a repensar o cangaço e a refletir como ser cangaceiro nos dias de hoje.

Sobre o trabalho de mestre Ambrósio, o músico falou que representou a retomada da música popular. Segundo Simba, foi um coletivo de Recife que propôs um diferencial e deixou uma marca muito forte.

Outro entrevistado do Feito em Casa, foi o palestrante João, que falou no Congresso sobre a presença das mulheres no cangaço. João explicou que Maria Bonita foi a primeira mulher a seguir um cangaceiro e a partir daí vários chefes de grupo passaram a levar suas companheiras. Segundo ele, de 75 a 80 mulheres fizeram parte do cangaço, ressaltando que algumas foram raptadas e citou a história de Dadá, que foi estuprada aos 13 anos pelo cangaceiro Corisco.

Ainda durante a cobertura do evento, Cineas gravou direto de São Raimundo Nonato, o quadro Conversa na Calçada, onde entrevistou Vera Ferreira, a neta de Virgulino Ferreira, o Lampião. Ela falou sobre o orgulho que sente em ser descendente do rei do cangaço. "É um privilégio ter nascido por conta desse personagem tão querido e odiado ao mesmo tempo, presente no imaginário de todo brasileiro", disse.

Vera ainda fez um paralelo da violência praticada pela polícia na época do cangaço com a de hoje, o que segundo ela, não mudou muita coisa. Também criticou alguns livros que contam a história de Lampião, pois narram histórias mentirosas e irresponsáveis. A neta de Lampião disse que trabalha para que o cangaço seja visto como uma história do Brasil não como um fato isolado e classificou o Congresso de importância vital para que as pessoas lancem sementes, que germinem na cabeça das pessoas a vontade de querer ler, ver e aprender sobre a nossa história.

Veja na íntegra as entrevistas no Congresso Nacional do Cangaço!

Marcelo Lopes

marcelolopes@cidadeverde.com