Secretário nega tortura em presídio e diz que procedimento foi correto

O secretário de Justiça, Daniel Oliveira, negou nesta quarta-feira (11) que tenha ocorrido tortura de presos na penitenciária Irmão Guido durante a ação que abortou uma tentativa de fuga no local. Segundo a Comissão de Direitos Humanos da OAB, cerca de 17 presos teriam sido agredidos dentro da penitenciária. De acordo com o gestor, as marcas nos detentos são decorrentes da própria tentativa de fuga. Ele garante que o procedimento foi correto.

Foto: Thiago Amaral

"Ontem nós tivemos uma ação de segurança exitosa. Dezessete pessoas buscavam sair ilegalmente para a sociedade e as ações corretas de policiais militares e agentes penitenciários felizmente abortaram essa fuga, garantindo que essas pessoas não retornassem à sociedade", afirmou durante entrevista ao Jornal do Piauí.

O caso só veio à tona após uma advogada ser impedida de falar com seu cliente e receber informações de que ele estaria sofrendo torturas. "São pessoas já sentenciadas e felizmente o Estado conseguiu agir dentro dos procedimentos de segurança. Nós respeitamos essa informação (de tortura), mas a informação que chega à Sejus é que a ação foi correta, as escoriações são decorrentes da tentativa de fuga", continuou o secretário.

Daniel Oliveira ressaltou que a Sejus vai abrir uma investigação para apurar se houve excessos. "Há a denúncia e nós vamos apurar todo o procedimento. Os hematomas, uma parte é decorrente da própria tentativa de fuga, a outra é da utilização da munição não letal usada para abortar a fuga", explicou, destacando que os presos estavam armados com facas e estiletes.

"Se há denúncia de excesso, nós vamos apurar, porque temos um compromisso irrestrito e firme na defesa dos direitos humanos e na defesa da ressocialização", finalização.

Hérlon Moraes herlonmoraes@cidadeverde.com