A operação "Tolerância Zero", deflagrada ontem (25), por policiais militares e bombeiros, aumentou em 25% o número de ocorrências em Teresina. Em entrevista ao Jornal do Piauí desta quinta-feira (26), o coordenador da Central de Flagrantes, delegado Luciano Alcântara, afirmou que a carceragem já está superlotada.

"Tivemos um aumento na quantidade de ocorrências trazidas para a Central. A carceragem já está superlotada e com esse movimento talvez chegue a uma situação mais complicada ainda", alertou o delegado.

Para Luciano Alcântara, a Secretaria de Segurança e a Justiça devem combinar esforços para evitar que a situação piore. "Todas as ocorrências serão atendidas, mas o sistema prisional vai ter que absorver uma maior quantidade de presos para que possam entrar novos", sugeriu o delegado.

O coordenador da Central de Flagrantes informou ainda que o número de ocorrências atípicas também aumentou. "A PM traz, o delegado faz a análise jurídica, conclui que o fato não é crime e libera a pessoa. O delegado perde tempo analisando uma ocorrência que na realidade não era para ter sido trazida para a Central", explicou o delegado.

A operação Durante a operação, os policiais de todos os batalhões da capital são chamados para participar do movimento. Apesar de diminuir o policiamento nos bairros, os militares garantem que a operação consiste em considerar toda e qualquer ocorrência.   

Policiais militares e bombeiros se reúnem na Central de Flagrantes com o objetivo de pressionar o governo pela implantação do risco de vida e aprovação na Assembléia Legislativa do Piauí (Alepi) de projeto que beneficia a categoria em pontos que tratam de sua reestruturação e a promoção de policiais.

Esta é a segunda vez que a operação "Tolerância Zero" é realizada este ano. Em maio, alegando o não pagamento do subsidio da categoria, os policiais também acamparam na Central de Flagrantes até conseguir negociar com o governo.

Lucas Marreiros (Especial para o Cidadeverde.com) redacao@cidadeverde.com