Após reunião, agentes decidem hoje se continuam com a greve

O desembargador Edvaldo Moura, do Tribunal de Justiça do Piauí, intermediou uma reunião de negociação entre o governo do Estado e os agentes penitenciários, para tentar por fim à greve da categoria, deflagrada na última segunda-feira (14). 

Os secretários da Justiça, Daniel Oliveira, do Governo, Merlong Solano, e da Administração, Franzé Silva, estão presentes, assim como representantes do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinpoljuspi) - o presidente José Roberto e o diretor jurídico Vilobaldo Carvalho.

"A expectativa é positiva. Acreditamos que vamos chegar a um entendimento, respeitando, claro, o equilíbrio fiscal. Queremos negociar para encerrar a greve ainda hoje (17) e retomar os serviços, desde a rotina até as visitas", declarou Daniel Oliveira, durante a reunião. 

A proposta do governo é de reajuste dividido em duas partes, uma em janeiro e outra em junho de 2016. O Sindicato decidirá se aceita ou não, durante assembleia geral realizada às 17h desta quinta-feira, em frente à Casa de Custódia. 

De acordo com Vilobaldo Carvalho, as principais reivindicações dos agentes são: um projeto de lei que crie vagas para promoções; regularização das chefias de plantão; concurso público e cursos voltados para aperfeiçoamento da categoria. "O que foi colocado pelo governo contempla os dois principais pontos, que são a efetivação das promoções e a regularização das chefias de plantão. Vamos levar para todos, para que possam refletir e decidir, mas agora não temos ideia se será ou não aceito. Só depois que passarmos as informações, eles poderão decidir", afirmou o diretor jurídico.

O secretário da Justiça acredita que, apesar de manter as forças especiais da polícia reforçando a segurança na Casa de Custódia e no presídio de Parnaíba enquanto a greve ainda está acontecendo, não será necessário acionar o Exército. "O governador [Wellington Dias, PT] já decretou estado de situação emergencial e as reformas serão mais rápidas. Só depois da negociação com os agentes, teremos uma clareza se será necessário ou não o Exército, mas acredito que não", defende. 

Daniel disse ainda que está esperando um relatório detalhado do setor de engenharia para saber os reais danos da Casa de Custódia e do presídio de Parnaíba. "Somente com esse relatório em mãos poderemos mensurar os danos", concluiu. 

Jordana Cury jordanacury@cidadeverde.com