Corinthians não bate meta e pode perder controle da Arena para fundo

Constrastando com a boa fase dentro  de campo, o Corinthians vive momentos conturbados fora dele.  O Alvinegro paulista tem tido dificuldade para levantar o dinheiro necessário para quitar o estádio construído pela Odebrecht por R$ 985 milhões e está prestes a perder a operação do estádio. 

O quadro atual é justificado por projeções absurdas pela diretoria alvinegra no passado.  Conforme reportagem publicada pela revista Época, a expectativa do clube era lucrar R$ 330 milhões por ano com a arena. O contrato da operação assinado pelo Corinthians prevê bem menos: R$ 150 milhões anuais. Apesar de diminuir a meta de lucro, a Arena do Corinthians arrecadou R$ 90 milhões em 2015 – ou R$ 7,5 milhões por mês.  

A baixa lucratividade, no entanto,  tem efeitos negativos para o clube que tem que sacrificar suas finanças para quitar o estádio e em médio prazo pode até perder a operação da arena para o fundo de investimento. O principal problema é que a meta estipulada em contrato é impossível de ser alcançada segundo dirigentes do clube.  

Mesmo que a venda do naming rights do estádio seja concretizada o Corinthians ainda encontrará dificuldade para conseguir bater a meta de arrecadação.  Procurado pela revista “Época”, o diretor financeiro do clube Emerson Piovesan falou sobre o financiamento do estádio e negou que o clube tenha colocado dinheiro de outras receitas para pagar a arena. 

Segundo a reportagem da Época, o fato do clube estar ciente de que a conta não fecha teria sido a principal razão para que fosse pedido a suspensão dos pagamentos do financiamento até fevereiro de 2017.   

A ideia do clube era ganhar mais tempo para criar uma reserva financeira antes de voltar a pagar as parcelas mensais no estádio.  Apesar do banco sinalizar que iria aceitar o pedido do clube, o assunto foi deixado de lado e o Timão segue pagando mensalmente o financiamento. 

Como se não bastasse,  as notícias que relacionam a Arena Corinthians a Operação Lava Jato atrapalham a comercialização do estádio e venda dos naming rights. 

Fonte: Yahoo