Acusado de assédio, Feliciano se defende em vídeo

O pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) publicou um vídeo em que nega a acusação de assédio sexual feita pela estudante de jornalismo, Patrícia Lelis. Na publicação, divulgada neste sábado (6/8), o político diz que “tem plena confiança na justiça divina e na justiça dos homens”.

Ele afirma que já se colocou à disposição da Justiça para "colaborar com provas que vão mostrar a inocência dele neste caso." No vídeo, Feliciano está ao lado da esposa, Edileusa de Castro Silva Feliciano, que durante todo tempo segura na mão do marido. 

"Como não conseguem nunca me pegar em nada neste país, não sou corrupto, não sou uma pessoa má, agora tocaram no meu moral. E eu tenho certeza que a Justiça vira à tona", diz o deputado. Sobre o chefe de gabinete, Talma Bauer, Feliciano esclarece que ele não foi preso, apenas convidado a prestar depoimento. 

Família O deputado agradeceu à família pelo apoio e comentou que completa 24 anos de casado neste ano. "Você que me conhece da vida pública, conhece só o fato de 2013.  Quem me conhece da vida religiosa sabe como eu sofro há muitos e muitos anos”. Ao citar 2013, o político refere-se, principalmente, a declarações polêmicas da época em que era presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), na Câmara dos Deputados).   Feliciano falou das três filhas, que estão ao lado dele, assim como a esposa. Chegou a dar detalhes sobre a reação da filha mais velha: “Ela chegou de viagem e meu deu um abraço, um abraço que ela não queria me soltar mais. Esse abraço da minha filha mostra tudo aquilo que eu esperava. Mostra que as pessoas que eu amo acreditam em mim”, comentou emocionado.

No fim do vídeo, o pastor pede para as pessoas continuarem orando por ele e para que não o condenem. "Tudo isso não passa de uma grande farsa. Um beijo no coração de todos. Amo vocês."

A denúncia Na denúncia, Patrícia afirmou que conheceu o deputado porque frequenta a mesma igreja dele. Os dois teriam passado a ser amigos quando ele propôs ser guia espiritual dela. 

A estudante afirma que a agressão ocorreu no apartamento funcional do parlamentar em Brasília, na 302 Norte, na manhã de 15 de junho e que por pouco não foi forçada à fazer sexo com o deputado. A jovem relatou que Feliciano chegou a propor que ela se tornasse sua amante, com um alto salário e cargo comissionado no Partido Social Cristão (PSC).

Fonte: Correio Brasiliense