O River não teve uma boa preparação para enfrentar a Série C

Para conseguir um bom desempenho em competições nacionais é indispensável um planejamento bem profissional, com destaque para uma equipe capaz de executar todas as tarefas do dia a dia com competência e muita dedicação.  

Foto - Eduardo Frota - Cidadeverde.com - Arquivo

O ponto de partida é certeza de como vai funcionar a parte financeira, na qual receitas e despesas terão, no mínimo, que empatar. Em 2015 o River enfrentou dificuldades nesse aspecto, superadas com as boas arrecadações nas partidas mais importantes. 

O tricolor tinha um bom time e um comando técnico seguro e capaz exercido por Flávio Araújo. Assim foi possível conquistar o acesso e decidir o título com o Botafogo de Ribeirão Preto perante 40 mil pessoas no Albertão e renda acima de um milhão de reais.

Sem Flávio Araújo, o River partiu para 2016 com Capitão no comando técnico da equipe e já no Campeonato Piauiense o time tinha dificuldades diante de adversários como Parnahyba e Altos. 

Na Copa do Brasil aconteceu a vibrante classificação sobre o Goiás para em seguida perder para o Botafogo da Paraíba no Albertão por 1 x 0(mesmo placar do jogo em João Pessoa) e escapou a possibilidade de ganhar 600 mil reais de premiação.

Em plena Série C veio a substituição de Capitão por Vica e o time melhorou, somando alguns pontos. Logo depois entrou em decadência novamente, ao ponto de ser rebaixado para a Série D faltando duas rodadas. Fatores determinantes ? Alguns são bem visíveis: erros absurdos em contratações. Pelo menos 10 jogadores vieram e não jogaram nada. Quem são os responsáveis por tais contratações ? 

Quem perdeu e quem ganhou dinheiro em tais transações ? Quem perdeu, seguramente sabemos que foi o River; O clube não tem uma  categoria de base à qual possa recorrer em momentos de dificuldades e ainda emprestaram Lucas Bacelar, Ruan e Robinho; em que nível estava o comportamento dos jogadores fora de campo e quem da comissão técnica cuidava desse detalhe; o bom relacionamento entre os integrantes do elenco é muíto importante e aí entra um fator altamente prejudicial que é provocado por contratações erradas geralmente ocasionando ciumadas e até corpo mole; a zaga riverina era destaque da equipe, formada por Paulo Paraíba e Rafael Araújo, e foi desfeita, sem melhoria técnica.

Com o time acumulando resultados negativos, a torcida deixou de ir ao Albertão, agravando o problema financeiro. O River passou a depender de um patrocínio estadual, o que é um perigo dentro de uma competição como a Série C. Aí desmoronou de vez o futebol tricolor. E é bom salientar que os jogadores também têm sua parcela de responsabilidade, na medida em que foram incapazes de vencer jogos, provocando a ausência da torcida.

Consumado o fracasso, torço para que não vendam patrimônio para pagamento de dívidas e que o clube receba as cotas de patrocínio que estão em aberto. Resolvido esse problema, é começar tudo outra vez, visando a temporada de 2017.

Dídimo de Castro didimodecastro@cidadeverde.com